Em julho do ano passado, os consumidores brasileiros receberam a notícia sobre a chegada do 5G no país. A quinta geração de rede móvel, que agora está completando um ano, foi desenvolvida para elevar a potência da rede atual, o 4G, visando altíssimos padrões de velocidade de conexão.
Leia mais: Wi-Fi 6 entre nós: afinal, o que é e quais as vantagens da tecnologia?
Apesar de oferecer aos usuários uma banda larga móvel com cobertura mais ampla e eficiente, é provável que a tecnologia ainda precise percorrer um longo caminho para ser popular nacionalmente, visto que a cobertura segue bem limitada. Entenda melhor ao longo do texto o que tudo isso quer dizer na prática.
Apesar do 5G ter sido ativado nas capitais, conexão eficiente é para poucos
De acordo com informações da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), 1.160 municípios já estão aptos para receber o sinal. Esse número representa 20% das cidades do país, onde 141 milhões de pessoas residem.
Embora essas cidades tenham a autorização, isso não significa que a tecnologia está disponível, pois atualmente 184 delas contam com antenas para 5G. No total, o Brasil tem 12.579 estações do 5G licenciadas na faixa de 3,5 GHz.
Hoje, esse tipo de conexão contabiliza 10 milhões de acessos, mas a rede 4G continua sendo a mais popular, com 196 milhões. Em comparação com o sinal atual, o 5G mostra uma adesão mais rápida entre a população, mas esse serviço ainda não é para todos.
Isso, porque boa parte das antenas se concentram em São Paulo e no Rio de Janeiro, sem contar que as operadoras oferecem a opção para alguns bairros. Até o momento, a TIM se destaca como a operadora com a maior quantidade de estações rádio base de quinta geração (5G), deixando Claro e Vivo para atrás.
Quem tem smartphone compatível e está dentro da área de cobertura pode utilizar a tecnologia oferecida pelas operadoras mencionadas, sem pagar a mais por isso. A impressão que essa fase inicial de implantação passa é que a conexão está longe de funcionar da maneira como foi prometida.
Segundo o portal Tecnoblog, o uso pode avançar, mas apenas se as operadoras instalarem mais antenas.
Além disso, a legislação está se mostrando um obstáculo, uma vez que os municípios ainda não atualizaram a regulamentação que possibilita a ampliação das antenas. O Ministério das Comunicações aponta que 66% da população moram justamente nos lugares que não ajustaram as leis.