Após novas vítimas, frentista conta TUDO sobre o golpe do posto de gasolina

Em uma reportagem, o ex-funcionário contou como os frentistas da rede acusada agem para conseguir aplicar golpes nos clientes.



Uma rede de postos de gasolina na região metropolitana de Porto Alegre (RS) está sendo investigada pela Polícia Civil devido à acusação de estelionato. Em uma reportagem à RBS TV, a consumidora Débora Timm, moradora de Canoas (RS), afirmou que gastou R$ 2,6 mil devido à venda de produtos extras e superfaturados em golpe.

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A motorista contou durante a reportagem que foi até o posto para abastecer somente R$ 50, mas que decidiu pagar R$ 149,90 em cada um dos quatro frascos que comprou para limpar o bico injetor do veículo apenas para descobrir depois que esse mesmo produto costuma ser vendido na faixa de R$ 25, cada frasco.

Atenção ao novo golpe do posto de gasolina

Além de Débora, um ex-frentista também deu o seu depoimento à reportagem, explicando como funciona o golpe nos postos de combustível. De acordo com ele, os trabalhadores dos postos simulam problemas nos carros para conseguir vender os produtos sem necessidade para os proprietários dos veículos.

Assim, eles andam com uma seringa de óleo queimado no bolso do jaleco. Ao abrir o capô, eles instantaneamente já jogam o óleo queimado em cima do motor quente, fazendo com que uma grande fumaça se espalhe pelo ambiente. É nessa hora que os frentistas afirmam que o óleo do carro está vencido e que é necessário realizar a troca.

Ao chegar na troca de óleo, o ex-funcionário afirmou: “Eles colocam tudo o que podem, que é possível e ainda cobram a mão de obra”. Além disso, o rapaz ainda afirmou na entrevista que as vítimas geralmente são idosos e mulheres com carros novos, pois julgam que são pessoas que podem ter um limite alto no cartão de crédito.

Caso não é isolado

Um estudante de agronomia informou também na reportagem que foi abastecer cem reais em um posto de gasolina da mesma rede em Novo Hamburgo, na BR-116, mas saiu de lá com uma dívida de R$ 629 no cartão de crédito. Ele contou que foi orientado a assinar uma ordem de serviço em branco, onde os valores seriam adicionados posteriormente.

O estudante acabou se responsabilizando e autorizando tudo que fosse colocado na ordem de papel sem que ele ao menos fosse avisado. Além disso, ainda afirmou que o serviço completou o sistema de arrefecimento com aditivo, indo contra o indicado no manual do veículo, que orienta a diluição do produto em água.

Posicionamento da rede Ipiranga

Os responsáveis pela rede de postos Valvic informaram que irão apurar as denúncias e que já demitiram os frentistas envolvidos na prática. Além disso, a rede afirma ainda que devolveu o dinheiro à consumidora que teria recebido a nota fiscal de R$ 2,6 mil.

Além disso, a empresa declarou que, após a denúncia feita pelo RBS TV envolvendo outros postos, criou um código de conduta que prevê a demissão de funcionários que ajam de má fé com os clientes. Por fim, a rede Ipiranga informou que entrou em contato com os revendedores, afirmando que os consumidores mencionados na reportagem serão ressarcidos. A rede Ipiranga reforçou que não incentiva práticas ilegais.




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