CUIDADO com o ‘cheirinho de carro novo’: ele coloca sua saúde em risco

Descubra os riscos à saúde do cheiro de carro novo. Estudo revela compostos voláteis e potencial cancerígeno. Saiba mais aqui!



O aroma característico de carro novo é algo que muitos brasileiros apreciam e associam à conquista. No entanto, um estudo recente realizado por pesquisadores da Universidade de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Beijing trouxe à tona preocupações sobre os possíveis riscos à saúde relacionados aos materiais presentes na cabine do veículo, principalmente os plásticos.

Veja também: Gummy bear: é verdade que tem cera de carro nos ursinhos de gelatina?

Cheiro de carro novo ou gases tóxicos?

Os pesquisadores conduziram uma observação de campo de 12 dias em um carro novo, considerando diferentes condições ambientais, e mediram as concentrações de 20 gases comuns liberados pelos plásticos do veículo.

A partir disso, os estudiosos descobriram que 14 dos 20 compostos orgânicos voláteis (VOCs) analisados foram detectados em 100% das amostras. Além disso, as concentrações de formaldeído e acetaldeído excederam os limites estabelecidos pelo padrão nacional chinês, com concentrações alarmantes.

Outra pesquisa realizada em 2021 também encontrou substâncias químicas presentes nos materiais plásticos, adesivos, tecidos e espumas do carro novo que possuem potencial cancerígeno. Em especial, o benzeno e o formaldeído foram destacados como compostos de preocupação.

Compostos orgânicos voláteis podem causar riscos à saúde de motoristas e passageiros

Essas descobertas levantaram um alerta sobre os riscos associados à inalação desses compostos por pessoas que passam longos períodos de tempo dentro dos veículos, especialmente em áreas de grande congestionamento.

Montadoras seguem padrões de segurança para minimizar emissões de plásticos

Apesar dos resultados preocupantes, especialistas consultados ressaltam que isso não significa que as pessoas devam abandonar completamente a ideia de comprar um carro novo.

Segundo Maria de Lourdes Feitosa, uma química com ampla experiência na indústria automobilística, as montadoras sérias seguem limites seguros para os componentes voláteis liberados pelos plásticos, como acetaldeído e formaldeído. A química ainda afirma que, embora possa haver emissões, elas são baixas a ponto de não serem prejudiciais ou cancerígenas.

Fatores que influenciam na volatilização dos materiais

Jonas Gruber, professor do Instituto de Química da Universidade de São Paulo – USP, acrescenta que todos os produtos químicos possuem fichas de segurança que indicam os perigos potenciais que eles podem causar às pessoas.

A toxicidade e o risco de serem cancerígenos também dependem da quantidade inalada. Por exemplo, aqueles que passam muitas horas dentro de um veículo têm maior exposição e, portanto, um risco potencialmente maior. Portanto, é importante evitar generalizações.

O estudo de 2021 também destacou que os riscos estão relacionados à idade do veículo, aos materiais internos utilizados em sua estrutura e à temperatura ambiente. Quanto mais alta a temperatura, tanto do ambiente quanto das peças do carro, maior é a volatilização dos materiais voláteis.

Testes de controle de qualidade garantem a segurança veicular

Além disso, as montadoras realizam testes de controle de qualidade que incluem a avaliação do odor dos plásticos, bem como a medição da emissão de carbono, formaldeído e o teste de “fogging” para verificar a eficácia dos materiais em evitar o embaçamento do vidro, garantindo a segurança veicular.

Embora existam preocupações sobre os riscos à saúde associados ao cheiro de carro novo, especialistas afirmam que as montadoras seguem padrões de segurança e controle de qualidade para minimizar esses riscos. Ainda assim, é importante estar ciente dessas questões e tomar medidas adequadas para garantir um ambiente saudável dentro do veículo.




Veja mais sobre

Voltar ao topo

Deixe um comentário