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E agora? Mosquito encontrado estaria disseminando bactéria carnívora

OMS foi contatada sobre os casos da doença na Austrália. Até o momento, não se sabe como a transmissão ocorre, mas pesquisadores estão chegando lá.



Cientistas estão atentos aos casos de úlcera de Buruli reportados na Austrália. Isso, porque os pesquisadores do país podem ter descoberto o que estaria causando a disseminação da doença provocada por uma bactéria que come carne e ataca pessoas. Veja detalhes dessa descoberta para ficar atento.

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Os estudiosos teriam identificado que a bactéria estava sendo disseminada por mosquitos. As informações foram publicadas pelo portal Olhar Digital. Entenda melhor a história ao longo do texto.

Bactéria come carne?

Conforme as informações divulgadas, esta doença é causada por uma bactéria chamada de Mycobacterium ulcerans. Ela é responsável por liberar uma toxina que enfraquece o sistema imunológico, o que acaba acarretando morte do tecido. Quem enfrenta a condição pode passar por problemas que afetam a pele e os ossos também.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a doença costuma aparecer em climas subtropicais, tropicais e temperados, especificamente na África, América do Sul e regiões do Pacífico Ocidental.

A doença está presente em 33 países.

Forma de transmissão é oficialmente desconhecida

Um ponto importante a ser descoberto é como essa transmissão está acontecendo.

As pesquisas estão identificando que a proliferação da bactéria esteja acontecendo por meio dos mosquitos. Geralmente, os insetos não eram os responsáveis pela transmissão, pois a bactéria permanecia em animais peludos, mas os indícios apontam que isso, por alguma razão, mudou.

Em junho desse ano, durante evento da ASM Microbe 2023 em Houston, EUA, o biologista molecular Timothy Stinear, da Universidade de Melbourne, na Austrália, mostrou os seus estudos sobre os mosquitos do sudeste da Austrália. A pesquisa em questão visava identificar se havia uma ligação entre gambás e humanos que explicasse a transmissão. Foi detectado que os mosquitos que estavam circulando na área se alimentavam do sangue dos animais e dos humanos.

Antes disso, Timothy e seus colegas haviam publicado um artigo preliminar que mostrava a presença da bactéria nos insetos, animais e humanos. Em outras palavras, é possível interpretar que a transmissão entre as espécies estava acontecendo sem dificuldades.

Mas é importante ressaltar que esses dados são importantes para quem reside na Austrália ou planeja visitar o país, ou seja, no momento, não é motivo de preocupação para pessoas de outros lugares. Em 2022, a OMS registrou 2.100 casos de úlcera de Buruli em 11 países. Desses casos, 200 a 300 foram reportados pela Austrália.

O estudo ainda detectou que dos 13 mosquitos analisados que se alimentaram de sangue humano, somente dois deles também buscaram sangue de gambás para se alimentar.




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