E se a moda pega? Justiça considera ‘emoji’ como assinatura em contrato

No Canadá, a Justiça considerou um emoji de "joinha" como uma forma não tradicional de assinar uma proposta comercial. Entenda.



Será que essa forma de assinar de contrato vai se tornar uma moda aqui? Um caso inusitado envolvendo um comprador de grãos, um fazendeiro e uma assinatura de contrato por emoji se deu no Canadá. A Justiça no país considerou o popular emoji do polegar para cima, conhecido por aqui como um “joinha”, o equivalente a uma “forma não tradicional de ‘assinar’ um documento” durante um caso. Entenda melhor essa história ao longo do texto.

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Segundo as informações divulgadas, em uma província canadense, a corte interpretou que os avanços da comunicação, incluindo no ambiente virtual, precisam ser considerados também para os acordos contratuais. Tudo começou com uma situação envolvendo um fazendeiro e um comprador.

O fazendeiro apresentou uma oferta atrativa para os produtos e, por causa disso, o comprador a aceitou, logo enviando um contrato e solicitando também alguma forma de “confirmação” do recebimento. Desse modo, o fazendeiro respondeu com um emoji de “joinha”.

O problema se deu quando o fazendeiro precisou alterar a proposta inicial, aumentando o preço dos produtos. Essa alteração fez o comprador mudar de ideia e, assim, não aceitar mais o acordo. Ele ainda decidiu mover um processo contra o vendedor, com a justificativa de que o emoji enviado confirmava tudo que foi combinado inicialmente.

No depoimento, o fazendeiro alegou que não revisou o documento e que apenas enviou o emoji para confirmar que havia recebido o arquivo, não para concordar com as condições que estavam descritas.

Justiça confirmou que o emoji era assinatura

O argumento não foi suficiente para o juiz Timothy Keene, que participava do processo.

Ele favoreceu o comprador e ainda mencionou o Dictionary.com, que destaca que o emoji em questão significa “aprovação e consentimento”, sobretudo em culturas ocidentais. O magistrado confirmou, então, que essa seria “uma forma válida de transmitir os propósitos de uma ‘assinatura’”.

Embora a defesa do fazendeiro tenha tentado evidenciar o argumento de que essa decisão poderia estabelecer um precedente para uma série de outros processos com interpretações variadas do significado de emojis, a Justiça do país decidiu que o comprador deveria receber aproximadamente US$ 60 mil.




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