Embora a gravidade seja provada de diversas maneiras, nenhum cientista tinha conseguido encontrá-la ou detectá-la no espaço. Pode parecer estranho, mas a verdade é que as ondas gravitacionais sempre foram uma pedra no sapato de muitos especialistas. Einstein já tinha calculado e previso a existência delas, porém sem nunca ter encontrado as benditas ondas.
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Uma notícia divulgada nesta quarta-feira (28) emocionou os físicos e cientistas que estavam em busca da tal evidência. Vários telescópios em boa parte do planeta conseguiram observar sinais de um “fundo de ondas gravitacionais”.
Essa descoberta confirma uma implicação bastante surpreendente da Teoria Geral da Relatividade de Albert Einstein.
O que é a Teoria da Relatividade de Einstein, afinal?
A Teoria Geral da Relatividade é uma teoria física proposta por Albert Einstein em 1915. Ela descreve a gravidade como uma curvatura do espaço-tempo causada pela presença de massa e energia. Ela substitui a visão newtoniana clássica da gravidade, que a descreve como uma força que atua instantaneamente a distância.
A principal ideia por trás da teoria é que o espaço e o tempo estão interligados em uma entidade única chamada espaço-tempo. A presença de massa e energia nesse espaço-tempo curva o seu formato, criando o que chamamos de campo gravitacional. Em outras palavras, a presença de massa determina a geometria do espaço-tempo ao seu redor.
O estudo de Einstein também prevê que a velocidade da luz é constante em todas as referências inerciais e que a passagem do tempo pode variar dependendo da presença de um campo gravitacional. Isso significa que o tempo passa mais devagar em regiões com maior gravidade, como perto de um objeto massivo.
Confirmação recente
Toda a teoria de Einstein tem sido confirmada por várias observações e experimentos ao longo do tempo. Por exemplo, a deflexão da luz em torno de um objeto massivo, como o Sol, foi observada durante um eclipse solar, o que é uma evidência direta da curvatura do espaço-tempo. Além disso, a teoria também previu corretamente a existência das ondas gravitacionais, que foram detectadas experimentalmente em 2015. No entanto, nesta quinta-feira, a descoberta vem para não deixar dúvidas.
“Estivemos em missão nos últimos 15 anos para encontrar um zumbido baixo de ondas gravitacionais ressoando por todo o Universo e lavando nossa galáxia para distorcer o espaço-tempo de maneira mensurável. Estamos muito felizes em anunciar que nosso trabalho duro valeu a pena”, disse Stephen Taylor, presidente da NANOGrav, da Vanderbilt University, em entrevista coletiva.
