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Impressionante! Cientistas criam 1º embrião sintético humano em laboratório

Pesquisa sobre embrião sintético foi apresentado em congresso e traz questões éticas sobre o limite da ciência. Descoberta tem potencial de transformar a medicina.



Dessa vez, não é ficção científica. Um grupo de cientistas do Reino Unido e dos Estados Unidos criou o primeiro embrião sintético humano em laboratório, e deve impulsionar avanços na compreensão do desenvolvimento humano e levantando questões éticas.

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Pesquisadores dos dois países desenvolveram, em um experimento inovador, modelos de embriões humanos sintéticos a partir de células-tronco, que se assemelham às primeiras etapas do desenvolvimento humano, informou a CNN.

Essas estruturas, no entanto, não são embriões naturais, pois não foram formadas a partir de espermatozoides e óvulos. Apresentado durante a reunião anual da Sociedade Internacional para Pesquisa de Células-Tronco, o estudo tem potencial para aprofundar o conhecimento sobre doenças genéticas e abortos espontâneos.

A pesquisa, ainda não publicada em revista científica, cultivou os embriões a partir de células-tronco embrionárias, que têm a capacidade de se transformar em qualquer tipo de célula adulta.

O cultivo foi realizado por um período um pouco além de 14 dias, momento em que o embrião ainda não possui órgãos como coração, intestino ou cérebro, mas apresenta células primordiais que são precursores dos gametas.

Embrião sintético, mas estudo ainda precisa ser revisado por pares

Embora não se saiba se esses embriões sintéticos poderiam continuar se desenvolvendo e formar órgãos, o objetivo da pesquisa é identificar mecanismos genéticos, não tendo aplicação clínica imediata, o que seria ilegal nos países onde o estudo é realizado.

Contudo, o avanço científico levanta questões éticas sobre os limites da pesquisa, uma vez que as regras podem estar atrasadas nesse campo.

As diretrizes da Sociedade Internacional para Pesquisa de Células-Tronco afirmam que a pesquisa científica em embriões humanos e linhagens de células-tronco embrionárias é eticamente permissível em muitos países, desde que haja uma rigorosa supervisão científica e ética.

No entanto, ainda não está claro até que ponto esses estudos podem prosseguir, pois os cientistas não sabem se esses embriões poderiam se desenvolver em seres vivos completos.

Apesar das preocupações éticas e morais envolvidas, os cientistas reconhecem a importância desses estudos para a compreensão de mecanismos genéticos até então pouco conhecidos. A criação de embriões humanos sintéticos é considerada um avanço vital na biologia fundamental e na compreensão do desenvolvimento e funcionamento dos organismos vivos.

Embora haja desafios éticos a serem enfrentados, esse avanço é fundamental para estudar processos de desenvolvimento e possíveis doenças ou deficiências biológicas. Com a descoberta, novos estudos devem seguir em breve.




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