Apesar das diferenças culturais que fazem as grandes lanchonetes se adaptarem ao paladar local, a retirada do tomate não tem nada a ver com preferências. Pelo contrário, os indianos amam essa fruta que está presente em diversos pratos. Contudo, a escassez de alguns alimentos vem causando mudanças, resultando em uma alteração nos cardápios, até mesmo de empresas bilionárias.
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Não tem mais tomate no McDonald’s da Índia
Recentemente, o McDonald’s resolveu que no leste e norte da Índia, os lanches não teriam mais como acompanhamento do tomate. Essa escolha se deve ao encarecimento desse ingrediente, além da falta de vegetais nos supermercados.
Após uma crise climática e falta de qualidade dos processos produtivos, os tomates acabaram se tornando um produto raro. Apenas restaurantes de luxo conseguem ter acesso a porções reservadas para uma minoria, devido ao custo.
Por que os indianos jogaram toneladas de tomate fora?
Há alguns meses, os indianos jogaram toneladas de tomate nas ruas, afirmando que o valor do quilo estava muito baixo. Dessa forma, os agricultores não conseguiam cobrir as despesas ligadas às fazendas na área rural.
Enquanto havia oferta em excesso, o preço caía, mas agora não tem alimento o suficiente para todos. Normalmente, o quilo vale 40 rúpias, que equivale a R$ 2,30 e agora 1 kg está custando 200 rúpias, ou seja, R$ 12.
Eles jogaram tomate fora para tentar valorizar as vendas e esse cenário se repete em outras culturas, como a da cebola. A previsão de aumento da inflação é de 1%, deixando os tomates bem mais caros do que a gasolina.
Índia: a dificuldade de controlar a oferta e a demanda
A Índia é um país em desenvolvimento que enfrenta graves problemas quando se trata de bens de consumo naturais. Isso se deve à incapacidade de controlar a oferta e a demanda, definindo o preço conforme o volume.
Ao apresentar uma das regiões mais populosas do mundo, é necessário que a Índia perceba a retirada do tomate no cardápio do McDonald’s como um alerta. Enfrentar a escassez e definir uma política de preços devem fortalecer a economia.
