Depois do dia 11 de janeiro deste ano a Americanas nunca mais foi a mesma, ao perceber a falta de bilhões de reais do caixa. Esse caso tomou grandes proporções, na tentativa de encontrar um único responsável. Nos últimos meses, a varejista tentou se recuperar, mas ainda enfrenta dificuldades. Veja o que aconteceu com uma das maiores empresas de varejo brasileira. Será que ela vai falir?
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A Americanas anunciou o fechamento de 50 lojas
Das 50 lojas que fazem parte do corte de custos da Americanas, 48 encerraram suas atividades administrativas. Nesse caso, pelo menos 38 já deixaram de operar, atendendo o público no modelo de grandes estabelecimentos de conveniência.
A Advocacia Zveiter e Preserva Ação é o escritório que administra a recuperação judicial, que apenas desacelerou os prejuízos. Desse modo, a companhia reduziu o prazo de pagamento aos fornecedores em 118 dias.
Em um contexto de dívida, nenhum fornecedor quer vender a prazo para um cliente que não paga. Isso aconteceu com a Americanas, que viu seus parceiros negarem acordos e exigir os recebíveis antecipadamente, para evitar calotes.
O mistério por trás do rombo fiscal da Americanas
Pois é, se existe pessoa caloteira, também há empresas que não cumprem acordos e ficam sem estoque. Ao descobrir a inconsistência nas planilhas de entradas e saídas, Sérgio Rial decidiu deixar o cargo, frente à decepção.
O empresário que esteve no cargo de presidente durante 10 dias afirma que esse tipo de fraude é inadmissível. Sendo assim, quis se livrar da pressão de tentar recuperar a credibilidade após essas falhas administrativas sem precedentes.
Um crescimento de fachada? A falência está cada vez mais perto
A verdade é que a falência da Americanas está cada vez mais perto, com números despertadores para quem cuida da sua gestão. Esse saldo devedor de R$ 20 bilhões vem sendo acumulado há aproximadamente uma década.
Em um ano, o fluxo de caixa foi reduzido em 38%, que representa um movimento de R$ 1,2 bilhão. Esse valor não cobre nem 5% dos bilhões de reais de endividamento, agravado pela falta de apelo ao público nas campanhas.
Até janeiro ninguém suspeitava dessa crise, dado que em 2022 o aplicativo foi divulgado pelo Big Brother Brasil 22. Na sequência, o Red Friday e os pontos ‘’’Americana Local’’, focado em produtos de consumo rápido. Todo aquele crescimento esperado parece ter sido de fachada.