Para quem acredita que investir em itens de luxo é uma besteira, a Hermès mostrou que essa não é a realidade. A grife francesa apresentou resultados impressionantes do segundo trimestre, com suas vendas subindo 28%. Ao todo, foram 3,32 bilhões de euros em vendas de acessórios e prêt-à-porter, além das joias e dos produtos para casa.
Leia mais: Top 10 bolsas mais caras do mundo: preços podem chegar a R$ 32,7 milhões
De acordo com Tania Wagner, uma das responsáveis por trazer a marca para o Brasil, o resultado incrível vem da exclusividade gerada pela marca. “Toda a produção da Hermès é feita à mão, e o número de produtos é limitadíssimo. Se você entrar em uma loja e quiser sair com uma bolsa, não vai conseguir. As clientes têm que entrar em uma lista de espera, e há um limite de duas bolsas por ano por comprador”, afirma Tania.
No entanto, a empresária afirma que conhece pessoas que já tentaram encomendar uma bolsa e não conseguiram sequer entrar na fila de espera. “Como eles dificultam muito a compra, criou-se um mercado paralelo de bolsas second hand (segunda mão), que acabam por valorizar ainda mais o produto”, garante.
Bolsas chegam a valer mais de R$ 1,7 milhão
Uma das bolsas mais conhecidas da marca é a Diamond Himalaya Birkin, que foi leiloada em 2017 por 340 mil euros, cerca de R$ 1,7 milhão. Já em 2020, uma Himalaya Kelly 25 foi arrematada por US$ 437.330, enquanto uma Himalaya Birkin 25 foi levada por US$ 388.738. Contudo, não são apenas as bolsas mais exclusivas que se valorizam.
Segundo Tania, uma bolsa que custava entre US$ 2 mil a US$ 3 mil nos últimos dez anos, hoje chega a valer mais de US$ 10 mil. Assim, a empresária indica que o investimento seja feito nos modelos mais clássicos e icônicos, como a Birkin e a Kelly. Porém, há outro detalhe que pode fazer toda a diferença para o investimento.
Mesmo que as bolsas de 35 cm sejam mais práticas e até mesmo clássicas, a dica da empresária é investir nos modelos menores. Isso porque esses modelos irão triplicar de valor com o tempo, segundo a aposta de Tania.
Como saber se uma Hermès é verdadeira?
Caso a compra seja de uma second hand, é necessário ter cuidado para não cair em golpes e adquirir uma bolsa falsificada. Para Tania, a peça só deverá ser comprada mediante apresentação de certificado de procedência ou nota fiscal. Contudo, caso a bolsa não possua nenhum dos dois documentos, existem outras maneiras de possuir um certificado caso ela seja original.
Assim, o e-commerce da empresária utiliza uma maquininha conhecida como Entrupy. “Ela parece um iPod, que você passa pela bolsa, no couro, fecho, costura, ferragem… Se for original, ela emite um certificado”, explica Tania.
Por fim, para os clientes finais, existem sites que facilitam esse processo, como o Real Authentication. Nele, é possível certificar a veracidade de peças de várias marcas. Há também o Bababebi, que trabalha somente com as peças da Hermès.