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Ainda vale a pena ser professor? Municípios pagam desde abaixo do piso até R$ 19 mil

Levantamento no Inep mostra onde estão as menores e as maiores médias salariais de professores no Brasil. Veja os dados.



A atividade de professor é uma das mais importantes do mundo, mas esses profissionais ainda enfrentam muitos desafios no Brasil. Além de salas lotadas de alunos, escolas sem estrutura e falta de material, muitos precisam lidar com os baixos salários.

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Em alguns municípios do país, a remuneração dos trabalhadores da educação pode chegar a R$ 19 mil, como em Paulínia (SP). Já em outras, a administração municipal não paga nem mesmo o piso salarial estabelecido, como é o caso de Grupiara (MG).

Apesar do contraste ser bem maior na rede municipal, ele também foi observado na estadual. A média de remuneração em Alagoas é de R$ 2.542,03, enquanto no Pará ela chega a R$ 11.447,48.

A pesquisa representa o valor ganho por vaga, ou seja, o professor que trabalha em mais de uma rede foi registrado mais de uma vez no levantamento. Os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), foram levantados com base no Censo Escolar e na Relação Anual de Informações Sociais (Rais), preenchida pelos empregadores.

Piso nacional e autonomia

Em 2020, ainda durante a gestão de Jair Bolsonaro, o Ministério da Educação (MEC) fixou em R$ 2.886,24 o piso nacional dos profissionais de escolas públicas em início de carreira. Na teoria, esse é o valor mínimo que os docentes que estão entrando no mercado podem receber.

Entretanto, o levantamento do INEP mostrou que 631 municípios do país e o estado de Alagoas têm médias salariais abaixo do piso salarial. Para esses trabalhadores, a saída é registrar uma reclamação na secretaria de educação da cidade ou solicitar a ajuda do Ministério Público Estadual, já que o MEC não tem poder fiscalizador.

A pasta de Educação afirma que os estados e municípios possuem autonomia na gestão de suas redes de ensino, e que o “cumprimento da lei por parte dos entes federados” deve ser fiscalizado pelos “órgãos de controle”.

Maiores e menores salários

O estudo considera uma carga horária de 40 horas semanais para fins de comparação, ou seja, quem dá menos aulas consequentemente recebe remunerações mais baixas. Considerando esse parâmetro, veja quais são os salários mais altos e mais baixos de professores no país:

Mais altos (estado)

  • Pará: R$ 11.447,48
  • Maranhão: R$ 8.515,13
  • Distrito Federal: R$ 7.583,56

Mais altos (municípios)

  • Paulínia (SP): R$ 19.286,42
  • Breu Branco (PA): R$ 16.215,12
  • Orobó (PE): R$ 14.501,02

Mais baixos (estados)

  • Alagoas: R$ 2.542,03
  • Ceará: R$ 3.381,28
  • Piauí: R$ 3.393,17

Mais baixos (municípios)

  • Grupiara (MG): R$ 1.208,17
  • Panelas (PE): R$ 1.377,49
  • Vicência (PE): R$ 1.384,03




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