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Amor ou obrigação: será que precisamos nos apaixonar pelo trabalho?

Será que a paixão pelo trabalho é realmente a chave para a felicidade na carreira? Confira o que os pesquisadores têm a dizer sobre isso!



Imagina você, depois de um dia exaustivo de trabalho, relaxando em sua poltrona favorita com um cafezinho quente, sonhando acordado com… as pilhas de papéis na sua mesa? Parece estranho, não é mesmo? Afinal, sempre ouvimos por aí: “Faça o que você ama e nunca terá que trabalhar um dia na sua vida”. Mas será que a paixão pelo trabalho é realmente a chave para a felicidade profissional?

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A pesquisadora Erin Cech, da Universidade de Michigan, nos dá uma perspectiva intrigante: “Não dá oportunidade para desenvolver uma identidade fora do trabalho”. Sim, sua identidade vai além das paredes do escritório. E a “obrigação” de amar o trabalho pode ser um gatilho para esquecermos de nós mesmos. Como Jae Yun Kim, da Universidade de Manitoba, observa:

“Disseram para a gente que só é possível se realizar pelo trabalho, mas as pessoas estão começando a ver que há outros aspectos da vida tão ou mais importantes”.

Olhando para trás, até a década de 1970, o trabalho não era sobre paixão, mas sim sobre salário, estabilidade e crescimento. As pessoas buscavam satisfação com o tempo, conforme dominavam suas tarefas. Mas as coisas mudaram. E agora, muitos encaram o trabalho quase como uma relação amorosa, com altos e baixos, expectativas e frustrações.

Esgotamento e desequilíbrio

Simone Stolzoff coloca em perspectiva: “A maioria das pessoas não trabalha para se realizar. Elas trabalham para sobreviver”. Se formos honestos, nem todos os empregos são criados com a mesma pitada de paixão. E os perigos da “paixão obsessiva”, como Taha Yasseri destaca, podem levar ao esgotamento e ao desequilíbrio em outras áreas da vida.

E tem mais. Muitas vezes, empresas usam essa retórica da paixão para explorar seus funcionários. “A paixão pode ser usada para legitimar práticas de gestão injustas e degradantes”, aponta um estudo publicado no Journal of Personality and Social Psychology.

Então, o que fazer? É simples: reequilibre suas prioridades. O trabalho é importante, claro, mas não deve consumir sua vida. Se você se descobrir incapaz de desligar do trabalho, pode ser o momento de repensar. Como Alex, de 27 anos, que decidiu cortar suas 60 horas de trabalho para 40 por semana, nos lembra: “Meu trabalho é bom. Não vou para a cama sonhando com ele. E me sinto ótimo em relação a isso.”




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