Brasil está cheio de superdotados: você pode ser um e nem sabe!

Deveríamos ter por volta de 4 milhões de brasileiros com um QI acima da média. Porém, até agora, apenas 2.600 foram identificados.



Em um país de talentos ocultos e inexplorados, como o Brasil, uma premissa intrigante emerge: existem milhares de indivíduos superdotados, com um QI acima da média, que podem não estar cientes de suas capacidades intelectuais excepcionais. Esta questão abre um leque de questionamentos: estamos realmente identificando e nutrindo todo o potencial de nossa nação? Como isso afeta nosso futuro como sociedade?

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Superdotados estão escondidos no Brasil?

Rafael Rocha, um universitário de São José dos Campos, alimentava uma suspeita desde sua infância – a ideia de que ele era superdotado. Alfabetizado antes da média, com facilidade de aprendizagem inusitada, Rafael decidiu validar suas suspeitas através do teste de QI da organização Mensa Brasil. A organização, conhecida mundialmente, tem como objetivo reunir superdotados, pessoas cujo QI é consideravelmente superior à média, que, no Brasil, é pouco mais de 83 pontos.

De acordo com a Mensa, cerca de 2% da população mundial possui um QI alto, correspondendo a 130 pontos ou mais no teste. Com base nessa estimativa, deveríamos ter por volta de 4 milhões de brasileiros com um QI acima da média. Porém, até agora, apenas 2.600 foram identificados pela organização, o que leva a crer que muitos superdotados estão escondidos no Brasil, uma “potência intelectual adormecida”, nas palavras da própria Mensa.

Altas habilidades se manifestam em várias áreas

Por outro lado, a Associação Paulista para Altas Habilidades/Superdotação (Apahsd) destaca que a superdotação não deve ser medida apenas por testes de QI. Para a associação, altas habilidades se manifestam em várias áreas, como artes, comunicação, esportes e mais. Este argumento amplia o escopo da discussão, fazendo-nos questionar ainda mais os métodos que usamos para identificar e nutrir talentos excepcionais.

Nesse contexto, temos o desafio de entender que a superdotação é uma característica multifacetada. Como nos lembra a pedagoga Ada Cristina Toscanini, da Apahsd:

“O teste de QI não mede a área cultural, artística, musical, interpessoal… Ele avalia a área cognitiva. É mais um instrumento. Não é o único nem o definitivo”.

Este é um lembrete essencial de que a inteligência é mais complexa e diversificada do que os testes de QI podem capturar.

Falta de políticas públicas efetivas e pressão social

Outro desafio na identificação e apoio de superdotados no Brasil é a falta de políticas públicas efetivas. A situação se torna ainda mais crítica quando consideramos que a identificação precoce de superdotação pode levar a um acompanhamento mais adequado e efetivo para esses indivíduos.

Também devemos nos preocupar com a pressão que esses indivíduos podem sofrer, seja na escola ou em casa. Superdotados são frequentemente pressionados a obter resultados excepcionais, o que pode levar a uma série de problemas emocionais e psicológicos.




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