A placa preta no novo padrão Mercosul, mais moderno desde 2022, já tem carros aptos a recebê-la. Essa placa é concedida a carros com 30 anos ou mais de fabricação, que mantenham ao menos 80% de originalidade e conservação, sendo considerados de valor histórico.
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Dentre os carros que podem receber a placa preta, destacam-se o Chevrolet Corsa, fabricado em 1993, o Ford Escort, Escort Hobby e Verona, que completaram 30 anos desde sua segunda geração, e o Chevrolet Vectra, que chegou ao mercado brasileiro cinco anos após estrear na Europa.
Na lista, chama atenção a presença do Fusca “Itamar”. O apelido desse carro icônico vem do então presidente da república, Itamar Franco, que sugeriu à Volkswagen a volta do modelo ao mercado para competir na categoria de carros populares. Originalmente, o Fusca foi produzido entre 1959 e 1986, mas em 1993, a Volkswagen decidiu retomar sua produção.
No entanto, ao retornar ao mercado, o Fusca “Itamar” enfrentou uma concorrência de modelos mais modernos, como o Escort, Chevette e até mesmo o Gol 1000. Além disso, seu visual estava defasado em comparação com os carros da época. Mesmo com o acréscimo de um catalisador no sistema de escapamento, o Fusca ainda contava com o mesmo motor 1.6 refrigerado a ar de 1986.
Veja modelos que já são considerados colecionáveis:
- Chevrolet Corsa, versões 1.0 Wind e do 1.4 GL
- Ford Escort, versões L, GL, Guia, XR3 e conversível
- Chevrolet Vectra, incluindo versão GSI
- Volkswagen Logus
- Fiat Tipo, quatro portas
- Chevrolet Suprema
- Volkswagen Fusca, versão “Itamar” de motor 1.6
Placa preta retornou ano passado
Desde de 2020, o Brasil adota o padrão Mercosul de emplacamento, mas a questão das placas pretas ficou pendente até 2022. Os veículos de colecionadores, buscando se diferenciar dos modelos comuns, estavam utilizando placas com fundo branco e letras prateadas até então.
Com a nova regulamentação, os veículos de colecionadores voltaram a ter a opção de adotar novamente as placas pretas, trazendo de volta o estilo clássico e diferenciado. Essa decisão visa atender ao desejo de proprietários de carros antigos que valorizam a estética e a identificação histórica de seus veículos.
Isso porque a placa preta é vista como um reconhecimento para os proprietários de carros antigos que conseguem manter a dignidade desses veículos por tantos anos.