Quantas vezes você já ouviu alguém dizer: “Ah, se eu pudesse voltar no tempo…” ou “Se eu tivesse mais tempo na vida…”? E se te contássemos que cientistas estão na trilha de uma descoberta que pode mudar a forma como vemos o envelhecimento e, quem sabe, ampliar nosso tempo de vida em, pasmem, 20 mil anos?
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A ideia de estender o tempo que passamos neste mundo é tão antiga quanto a humanidade. A busca pela fonte da juventude, a imortalidade, o elixir da longa vida sempre fez parte de lendas e mitologias. Porém, com a evolução da ciência e da biotecnologia, o que antes parecia fantasia começa a ganhar contornos mais concretos.
Teoria surpreendente
João Pedro de Magalhães, especialista em biogerontologia molecular da Universidade de Birmingham, revelou em entrevista à Scientific American uma teoria surpreendente. Segundo ele, temos um complexo emaranhado de “programas” em nosso DNA que conduzem nosso desenvolvimento até a fase adulta. No entanto, ao longo da vida, alguns desses programas, em vez de nos ajudar, podem nos prejudicar.
“Minha hipótese é que temos um conjunto muito complicado de programas similares ao de computadores em nosso DNA que nos transformam em um ser humano adulto“, disse ele à Scientific American. “Mas talvez alguns desses mesmos programas, à medida que continuam na vida adulta, se tornem prejudiciais“.
Mas, onde os animais entram nessa história?
A chave pode estar nos seres mais longevos da Terra. Por exemplo, as baleias-da-groenlândia. Estes mamíferos gigantes têm uma impressionante capacidade de reparo de DNA, uma espécie de mecanismo de autodefesa contra o câncer e o envelhecimento.
“Vários animais longevos, como humanos, baleias e elefantes, todos enfrentam os mesmos problemas, como o câncer, mas usam diferentes truques moleculares para alcançar sua longevidade“, explicou Magalhães.
E para aqueles que pensam que isso é pura utopia, Magalhães tem uma surpresa. Com base em seus cálculos, ele sugere que, “se pudéssemos curar o envelhecimento humano, a expectativa de vida humana média seria de mais de 1.000 anos“. E vai além: “O tempo de vida máximo, salvo acidentes e mortes violentas, pode chegar a 20.000 anos.”
Claro, uma descoberta dessas proporções nos faz refletir: Quais seriam as implicações de uma vida tão longa? Do ponto de vista social, cultural e econômico, como a humanidade se adaptaria? Por enquanto, resta-nos imaginar as possibilidades e aguardar os próximos capítulos dessa jornada científica.