Muitas pessoas já sonharam em se deparar com chuva de dinheiro. Quem não gostaria que esse fenômeno acontecesse, certo? Porém, embora seja apenas uma ficção, existem planetas em que algo semelhante acontece. É o caso do WASP-121 b, um local de universo em que chovem pedras preciosas, como rubis e safiras.
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Planeta com chuva de pedras preciosas líquidas
Antes que você imagine uma grande nuvem despejando pedras sobre o planeta, não é isso o que acontece. Os rubis e as safiras caem em forma líquida em uma grande chuva de minerais. O planeta WASP-121 b é semelhante a um tipo de “Júpiter quente”.
Isso quer dizer que estamos falando de um gigante gasoso, descoberto em 2012 e que fica a 880 anos-luz da Terra. Em outras palavras, são necessários 880 anos viajando na velocidade da luz para chegar até lá. Em termos astronômicos, é uma distância relativamente próxima.
Por meio de uma medição detalhada do Telescópio Hubble, os cientistas conseguiram analisar melhor a composição da atmosfera do planeta. Entre as curiosidades estão a formação de nuvens de metal e uma chuva de pedras preciosas liquefeitas.
Situação inusitada
A análise dos detalhes desse planeta despertou a curiosidade até dos especialistas, conforme artigo recente publicado pela Universidade Aberta do Reino Unido. “É emocionante estudar planetas como o WASP-121 b que são muito diferentes daqueles do nosso sistema solar, porque nos permitem ver como as atmosferas se comportam em condições extremas”, disse a coautora do estudo, Joanna Barstow.
Outro ponto interessante é que esse planeta possui uma face que está sempre voltada para a sua estrela. Logo, a outra metade dele nunca se expõe à luz solar. Isso faz com que durante o dia a temperatura ultrapasse os 3 mil °C. É quente o suficiente para quebrar moléculas e fazer com que a água brilhe.
Na face escura do planeta a temperatura se reduz à metade. Isso faz com que ventos fortes sejam soprados o tempo todo, os quais puxam a água do lado diurno para o noturno.
As nuvens do lado escuro são formadas por ferro, magnésio, cromo e vanádio. O artigo publicado na revista Nature Astronomy revela o encontro de chuvas feitas de pedras preciosas, como rubis e safiras.