O crédito consignado que utiliza recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pode chegar ao fim em breve. Segundo informações do Ministério da Fazenda, a pasta já estuda alternativas para substituir a modalidade.
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A decisão faz parte de um novo pacote de medidas anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última semana. O chefe da pasta afirmou à imprensa, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que o governo federal prepara “algumas” novas medidas relacionadas ao crédito.
Conversa antiga
A mudança no consignado atrelado ao FGTS é uma pauta do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, desde o início do governo Lula. Marinho defende que os recursos do fundo sejam preservados, tendo classificado a política de saques do último governo como “irresponsável e criminosa”.
Segundo fontes da pasta, a opção já é considerada “uma coisa fadada a acabar”, devido ao relacionamento próximo entre o presidente e o ministro. Entretanto, técnicos da pasta ainda avaliam uma opção para colocar no lugar.
Possibilidades
A mesma fonte afirmou que o Ministério da Fazenda tem “conversado com bancos públicos e privados” para discutir novas modalidades de crédito que vão além do FGTS e do consignado. A pasta acredita que as empresas não estão acessando o crédito “muito por causa dos juros elevados”.
O governo encara o programa de renegociação de dívidas Desenrola Brasil como um mecanismo que “aporta a sua contribuição, em especial pensando em pessoas físicas e famílias”. Também são avaliadas medidas pontuais e transicionais, como o uso da Taxa Referencial (TR) como referência de alguns empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
