O governo federal fará uma averiguação profunda dos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para detectar e eliminar eventuais fraudes. O anúncio foi feito pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, que prevê uma economia entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões com a operação.
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Segundo Tebet, o montante é referente a pensões, aposentadorias e outros benefícios previdenciários.
“Outra coisa que vamos enfrentar em breve. Escrevam isso com letras garrafais. O INSS, em determinado ano, não sei se foi 2021 ou 2022, deu um salto significativo em beneficiários do BPC, de aposentadoria, muito acima da média anual”, afirmou a ministra.
Ela diz acreditar que a concessão irregular de benefícios pela gestão anterior foi motivada por fins eleitoreiros e confirmou que o Tribunal de Contas da União (TCU) já encontrou sinais de irregularidades.
“O Tribunal de Contas falou que de R$ 1 trilhão de benefícios pode ter algo em torno de 10% de erros ou fraudes. Se ficarmos com 1% ou 2% de R$ 1 trilhão, nesta lupa que temos e queremos fazer em relação às fraudes e erros do INSS, são exatamente entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões que nós precisamos e temos que fazer para recompor o orçamento de todos os ministérios”, acrescentou.
TCU abre investigação
O TCU anunciou em fevereiro deste ano que identificou indícios de irregularidades na soma de R$ 2,9 bilhões em benefícios pagos pelo INSS. O valor é relativo às quantias depositadas entre junho e dezembro de 2021.
A investigação preliminar também aponta que quase 7,8 milhões de segurados tinham problemas cadastrais e 2,4 milhões apresentavam algum indício de irregularidade.