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LK-99: coreanos criam supercondutor polêmico que promete mudar a ciência

Cientistas coreanos afirmam terem descoberto supercondutor de temperatura e pressão ambiente. Assunto é polêmico na comunidade científica, visto que muitos pesquisadores exageram nos resultados dos estudos.



O desenvolvimento de um material supercondutor que respeite a temperatura e pressão ambiente é um assunto que gera discussões calorosas na comunidade científica, visto que a descoberta acerca do material possibilitaria uma revolução no setor dos produtos elétricos, com aproveitamento mais elevado da eletricidade.

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Essa descoberta é o sonho de muitos cientistas físicos, uma vez que a criação impactaria não só a indústria como também as chances de ganhar uma das principais premiações internacionais da área: o Nobel de Física.

Recentemente, novos artigos sobre o tema, que aguardam revisão para publicação em revistas científicas, chamaram atenção da comunidade devido aos resultados. Pesquisadores coreanos afirmam que criaram o supercondutor de temperatura e pressão ambiente. Com isso, o debate voltou à tona, levantando controvérsias.

Será que equipe coreana criou mesmo o supercondutor revolucionário?

Segundo a equipe, o material elaborado por eles, batizado de “LK-99”, foi elaborado a partir de uma combinação composta por enxofre, oxigênio e chumbo. Os artigos ressaltam que, ao submeter o composto a altas temperaturas durante várias horas, foi possível notar a transformação do material em uma substância cinza-escuro e supercondutora.

Além disso, os testes de magnetismo mostraram que o elemento foi capaz de levitar acima de um ímã.

Foto: Hyun-Tak Kim et al. (2023)

Os apontamentos da equipe da Coreia foram recebidos com cautela pela comunidade científica, considerando o histórico acerca das alegações exagerados sobre os supercondutores. Pesquisadores já produziram o material, no entanto, para funcionar como esperado, era necessário de temperaturas bem baixas, enquanto outras criações necessitavam de pressões altíssimas para funcionar.

Todo esse processo demanda altos níveis de energia e por conta disso, físicos continuam buscando a desafiadora solução e acabam exagerando, além de encontrar resultados ilusórios.

O físico da Rice University, Doug Natelson, analisou os artigos e apontou inconsistências nos resultados. Vale ressaltar que os textos podem não estar exatamente errados ou muito menos apresentarem má conduta científica. No entanto, é importante realizar uma revisão criteriosa.

Outros físicos já estão trabalhando para replicar o experimento dos coreanos, contudo, somente por meio da revisão de pares é que será possível analisar se os métodos do trabalho e os resultados, são válidos. Natelson explica que essa avaliação pode demorar dias ou semanas. O que resta é aguardar os próximos capítulos sobre o assunto.




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