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Nada de machos! Cientista cria espécie de fêmea que se reproduz sozinha

Uma espécie de animal foi modificada em laboratório e agora é capaz de se reproduzir sem a presença dos machos entre as fêmeas.



A ciência não para de se reinventar e, mais do que isso, de buscar formas de interferir na natureza, sem causar danos. O objetivo desse tipo de interferência não é apenas um, mas vários. Alguns pesquisadores procuram modos de causar menos impacto e de preservar a biodiversidade por meio da tecnologia. É o caso de um novo método de reprodução de moscas sem a necessidade de machos.

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Cientistas criam reprodução sem machos em espécie de animal

O estudo sobre o tema foi publicado na revista científica Current Biology. Foram mais de 5 anos de pesquisa para encontrar uma maneira de realizar a reprodução sem machos. Para tanto, mais de 220 mil moscas-das-frutas foram modificadas geneticamente. Os cientistas, depois de tanto tempo, conseguiram atingir o objetivo inicial.

Segundo as informações do artigo, as moscas que nasceram sem a necessidade de machos na reprodução tinham uma grande habilidade. Elas mesmas eram capazes de se reproduzir sem a necessidade de um animal do gênero masculino.

Isso quer dizer que a modificação genética feita pelos cientistas foi repassada entre as gerações. A descoberta animou a pesquisadora, líder do estudo, Alexis Sperling, que trabalha na Universidade de Cambridge, nos EUA. Ela teve a ideia de criar a mosca “autorreprodutora” depois que viu seu louva-a-deus de estimação se reproduzir sozinho.

Nada de novidade: conheça a partenogênese

A partenogênese é um processo reprodutivo no qual um organismo feminino produz descendentes sem fertilização por um gameta masculino. Ou seja, os machos são dispensáveis no processo.
Esse fenômeno ocorre em diversos grupos de organismos, como insetos, peixes, répteis e até mesmo em algumas espécies de plantas. Na partenogênese, o óvulo da fêmea se desenvolve e origina um novo indivíduo sem a necessidade de esperma dos machos.

Esse mecanismo reprodutivo tem implicações ecológicas e evolutivas, permitindo a colonização de novos ambientes e desempenhando um papel na diversificação genética. Além disso, a partenogênese também pode ser uma ferramenta importante em pesquisa biológica e na criação de organismos para fins específicos, como a agricultura e a aquicultura. Embora seja uma estratégia reprodutiva fascinante, a partenogênese também apresenta desafios e questões científicas intrigantes.




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