A nova pesquisa de preços da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) trouxe más notícias para quem abastece com diesel. O preço médio do combustível disparou cerca de 10% nos postos brasileiros na última semana.
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Após a quarta alta mensal consecutiva, o produto custou em média R$ 6,05 o litro. Na semana anterior, a média estava R$ 0,55 mais baixa, em R$ 5,50 o litro.
Esse patamar representa o maior preço médio para o diesel em seis meses, desde meados de fevereiro, quando chegou a R$ 6,10. As altas registradas têm sido bastante significativas entre uma semana e outra, alcançando R$ 0,97 em menos de quinze dias.
Alta generalizada
O levantamento mostra que o aumento foi generalizado em todas as regiões do país. O avanço mais expressivo ocorreu no Centro-Oeste (R$ 0,63 por litro), seguido por Sul (R$ 0,61), Sudeste (R$ 0,55), Norte (R$ 0,48) e Nordeste (R$ 0,47).
Com os novos acréscimos, os preços médios por região chegaram aos seguintes patamares:
- Norte: R$ 6,27 por litro;
- Centro-Oeste: R$ 6,25 por litro;
- Sul: R$ 6,02 por litro;
- Nordeste: R$ 5,99 por litro;
- Sudeste: R$ 5,99 por litro.
O estado com o diesel mais caro na semana foi o Acre, onde o preço médio do litro chegou a R$ 6,91. Já o mais baixo foi o Amazonas, que vendeu o combustível pela média de R$ 5,82 o litro no período.
Diesel continua mais barato
Embora os preços tenham ficado bem mais altos no último mês, o diesel continua mais barato que em 2022. Isso é resultado de mais de 20 semanas consecutivas de queda entre fevereiro e julho.
No final do ano passado, o preço médio nacional do combustível chegou a R$ 6,38, o que significa que o valor atual ainda representa uma queda de 5,2%, ou R$ 0,33 por litro. Há duas semanas, a diferença ainda maior, de R$ 1,30 por litro.
As quedas nos últimos meses foram resultado de dois fatores principais: uma medida provisória do governo que zerou as alíquotas dos impostos sobre o produto até 31 de dezembro, e os cortes nos valores praticados pela Petrobras em suas refinarias.
Entretanto, o cenário vem mudando desde o dia 16 de agosto, quando a empresa elevou em 25,8% o custo do diesel A revendido às distribuidoras. Desde então, o aumento vem sendo repassado de forma gradativa ao consumidor final.