O mistério por trás da atração: por que só certas pessoas chamam sua atenção?

Estudo revela que a atração que sentimos por determinadas pessoas vai além dos interesses superficiais em comum.



Em um primeiro momento, é comum pensarmos que nos sentimos atraídos por pessoas que são semelhantes a nós. Afinal, gostamos de compartilhar interesses comuns, sejam eles relacionados à política, música, livros ou qualquer outra coisa.

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Esse fenômeno é conhecido como “efeito de atração por similaridade”. No entanto, o estudo de Chu buscou ir além e compreender as razões por trás dessa atração.

Entendendo o conceito de “raciocínio autoessencialista”

O pesquisador propõe o conceito de “raciocínio autoessencialista”. Esse termo refere-se à crença de que nós, e os outros, possuímos uma essência que molda nossos gostos, interesses e desgostos. Quando conhecemos alguém que compartilha um interesse específico conosco, tendemos a acreditar que essa pessoa também compartilha a nossa visão de mundo mais ampla.

Por exemplo, se você e outra pessoa têm uma visão semelhante sobre determinado tópico polêmico, como aborto ou pena de morte, é provável que vocês se sintam mais conectados emocionalmente.

Isso ocorre porque acreditar na existência de uma essência subjacente nos leva a supor que, se há uma semelhança em uma característica específica, há também uma semelhança mais profunda em toda a nossa essência.

Crença pode ser baseada em um pensamento falho

Essa pressa em abraçar a semelhança pode ser baseada em um pensamento falho, o que pode restringir com quem desenvolvemos uma conexão mais profunda. Somos todos seres complexos, e muitas vezes só conhecemos nossos próprios pensamentos e sentimentos.

As mentes dos outros costumam ser um mistério para nós, e preenchemos essas lacunas com nosso próprio senso de identidade, o que pode nos levar a suposições injustificadas.

O estudo de Chu, que incluiu quatro experimentos, mostrou que quanto mais uma pessoa acredita em sua essência como um núcleo rígido, mais ela se sente atraída por outras pessoas que compartilham suas visões e menos pelas que diferem.

A pesquisa destaca ainda que essa estratégia psicológica de buscar a nossa comunidade pode ser útil para vermos mais de nós mesmos em novas pessoas e estranhos. Por outro lado, o excesso de raciocínio autoessencialista pode estabelecer divisões e limites, influenciando até mesmo a distribuição de recursos na sociedade.




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