Você sabia que aquele cafezinho pode ter mais benefícios do que apenas te manter acordado e alerta? Pesquisadores italianos fizeram uma descoberta surpreendente sobre os compostos encontrados no café expresso e sua possível relação com a prevenção do Alzheimer. Quem diria que a bebida tão apreciada mundialmente poderia estar relacionada à saúde cerebral?
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No estudo publicado recentemente no Journal of Agricultural and Food Chemistry, da Sociedade Americana de Química, os cientistas revelam que a cafeína, trigonelina, genisteína e teobromina presentes no café expresso têm a capacidade de inibir a ação de uma proteína associada ao início do Alzheimer, a proteína tau.
Proteína tau: como essa substância atua e quais são os efeitos desse processo?
A proteína tau é essencial para a sustentação de microtúbulos, estruturas que transportam materiais dentro das células cerebrais. No entanto, em pacientes com Alzheimer, ela começa a se acumular, formando placas e emaranhados que danificam as células cerebrais e resultam em perda de memória e outras complicações características da doença. A boa notícia é que o café expresso pode ajudar a prevenir esse acúmulo e potencialmente proteger o cérebro contra esse mal.
Os pesquisadores também observaram que a cafeína e o extrato de café expresso têm a capacidade de se ligar às fibrilas de tau pré-formadas. Isso abre caminho para novos estudos e sugere que esses compostos do café podem ser utilizados para desenvolver tratamentos bioativos contra doenças neurodegenerativas.
Mas afinal, o que é o Alzheimer e como identificar seus sinais?
Trata-se de uma doença neurodegenerativa comum em todo o mundo, afetando milhões de pessoas. Infelizmente, ainda não existe uma cura definitiva, mas é possível tratar e amenizar os sintomas com o diagnóstico precoce.
Entre os sinais mais comuns do Alzheimer estão:
- Perda de memória;
- Confusão mental;
- Dificuldades de linguagem;
- Alterações comportamentais.
É fundamental que as pessoas estejam cientes dos fatores de risco para a saúde cerebral, de acordo com estudos realizados pelo Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido. Idade, histórico familiar, síndrome de Down e até mesmo ferimentos na cabeça são elementos importantes a serem considerados para manter a atenção voltada à saúde do cérebro.
Enquanto aguardamos por mais pesquisas sobre a relação entre café e Alzheimer, é sempre bom lembrar que a prevenção é fundamental. Além de apreciar o cafezinho, adotar hábitos saudáveis, como uma dieta equilibrada, atividade física regular e cuidados com a saúde cardiovascular, pode fazer toda a diferença na proteção do nosso cérebro ao longo da vida.