Nas redes sociais, com o clique de um botão um vídeo ou postagem podem se tornar virais e, com ele, uma série de informações – nem sempre verdadeiras – são disseminadas em alta velocidade.
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Foi o que aconteceu com um vídeo no TikTok que deixou muita gente de queixo caído: a afirmação de que a salsicha levaria 32 anos para ser completamente eliminada do nosso corpo. Diante de um susto desses, cabe a nós buscar a verdade por trás desse “mito”.
Esse boato, não só gerou muitos compartilhamentos, mas também levantou uma série de questionamentos sobre o consumo de alimentos processados, com destaque para os embutidos como salsichas, linguiças e salames. E como bem sabemos, é nesses momentos que a ciência precisa entrar em campo para nos guiar.
O que diz especialistas?
A nutricionista Ingrid Krichinak, que tem uma vasta bagagem em nutrição esportiva, foi categórica ao tratar do assunto. Segundo ela, não há uma única base científica que corrobore essa afirmação.
“Sempre quando um produto é aprovado para ir para o mercado, ele passa pela ANVISA, que tem toda uma regulamentação, baseada em estudos, que limitam a quantidade de substâncias que são consideradas tóxicas ao organismo. Então, é muito impossível ter no mercado um alimento que realmente faz super mal para a saúde”, explica Ingrid.
No entanto, nem tudo é lenda quando se trata de embutidos
“Esses embutidos possuem nitritos e nitratos, mas principalmente nitritos, que são considerados cancerígenos se consumidos em excesso”, esclarece.
A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) já fez o alerta sobre os riscos associados ao consumo exagerado desses produtos, devido, principalmente, ao conteúdo de nitritos que podem levar a doenças crônicas, incluindo o câncer.
Agora, vale frisar: degustar sua salsicha no churrasco do fim de semana não vai automaticamente resultar em problemas de saúde. O perigo mora no consumo constante e desenfreado desses alimentos.
Então, eis a verdade desempacotada: a alegação de que a salsicha levaria mais de três décadas para sair do nosso sistema é pura lenda urbana. Mas, os riscos associados aos excessos são muito reais.