scorecardresearch ghost pixel



Mito ou verdade: tristeza pode causar câncer? Estudo diz ter a resposta

O rumor de que a depressão ou ansiedade poderiam induzir ao câncer é alimentado por "fake news". Mas o que a ciência tem a dizer sobre isso?



Já ouviu aquele papo de que “ficar triste demais pode te deixar doente“? O rumor de que emoções como depressão ou ansiedade poderiam ser um convite aberto para o câncer tem circulado há anos. E claro, o mundo das “fake news” e teorias não embasadas ajudam a espalhar essa ideia. Mas será que a ciência tem algo a dizer sobre isso?

Leia mais: Além das aparências: conheça 5 SINAIS camuflados da depressão

Mergulhando em um mar de dados, pesquisadores da University Medical Center Groningen, na Holanda, decidiram colocar essa questão à prova. O estudo foi tão amplo que mapeou a saúde e o bem-estar de mais de 300 mil pessoas em quatro países diferentes por 26 anos.

Então, qual é o veredito?

Os resultados, publicados na revista científica Cancer, foram claros: “Não encontramos evidências de associação entre depressão ou ansiedade e incidência geral de câncer”, destacaram os pesquisadores. Ou seja, a tristeza não te deu aquele tumor e, por mais que a gente adore encontrar culpados, não dá para jogar essa responsabilidade nas emoções.

De todos esses indivíduos analisados, 25 mil desenvolveram algum tipo de câncer. Porém, o que o estudo mostra é que ter tido episódios de depressão ou ansiedade não os colocou em maior risco.

A única ressalva foi para o câncer de pulmão, que mostrou um leve aumento. Mas antes que você pense em jogar seus sentimentos pela janela, a ciência, como a melhor detetive que é, já encontrou outros suspeitos mais prováveis: o cigarro, o álcool e o sobrepeso.

Lonneke van Tuijil, uma das mentes brilhantes por trás desse estudo, trouxe alívio ao declarar: “Nossos resultados trazem alívio para muitos pacientes de câncer que acreditavam que seu diagnóstico poderia ser associado a episódios anteriores de ansiedade ou depressão”.

E caso você esteja se perguntando sobre a robustez desse estudo, eles analisaram informações de 18 pesquisas diferentes do consórcio internacional Fatores Psicossociais e Incidência de Câncer.




Voltar ao topo

Deixe um comentário