Se lembra da época em que os escritórios eram o segundo lar de muitos profissionais? Espaços decorados, cheios de vida, atividade e cadeiras ajustadas para cada um. Pois é! Porém, a pandemia e o trabalho híbrido mudaram o cenário. Hoje, muitos arranha-céus, que fervilhavam com a presença humana, estão assustadoramente vazios.
Dê uma olhada em Manhattan (Nova York, EUA). No segundo trimestre de 2023, 22,4% dos edifícios comerciais estavam desocupados, segundo a imobiliária norte-americana Cushman & Wakefield. Em São Francisco (Califórnia, EUA), a taxa de desocupação disparou para 31,8% de quase zero, antes da pandemia. Londres? Não é tão ruim, mas ainda assim, uma taxa de desocupação de 9,4% é o dobro da média histórica.
Os escritórios estão vazios
O interessante é que nem todos esses edifícios estão completamente desocupados. O tráfego de pessoas neles é simplesmente esporádico. Alguns dados revelam que a maior parte dos profissionais só planeja ir ao escritório dois dias por semana, no máximo. Então temos empresas pagando aluguel por espaços usados apenas parcialmente.
Aqui está o dilema: eles deveriam manter esses enormes espaços alugados, esperando por um retorno total, ou reimaginar completamente o seu propósito?
Esses prédios podem ser transformados em residências
Em Manhattan, há projetos transformando blocos comerciais em torres residenciais; no entanto, isso não é uma solução universal. A conversão é cara e, muitas vezes, impraticável. Além disso, transformar o icônico arranha-céu de Londres em um apartamento não soa como a ideia mais viável economicamente.
Uma tendência emergente é o compartilhamento de espaço.
Companhias com vastos escritórios estão sublocando os seus espaços para empresas menores; contudo, até isso tem os seus problemas. Imagine um espaço projetado para cem pessoas, mas com capacidade de 200. O resultado? Falta de mesas, espaços de reunião e uma atmosfera de trabalho caótica.
Qual pode ser a solução?
Os especialistas sugerem uma reimaginação dos espaços de trabalho. Os escritórios do futuro precisam ser locais desejáveis. Pense em locais mais colaborativos, áreas comuns aconchegantes em vez das tradicionais fileiras de mesas. Afinal, se as pessoas têm a opção de trabalhar de casa, o escritório precisa oferecer algo que a casa não pode.
O que o futuro realmente reserva para esses gigantes de concreto e vidro ainda é incerto. E nessa jornada, é vital que nos adaptemos, inovemos e façamos o melhor uso desses espaços anteriormente cheio de vida (literalmente).