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Já pode comemorar? Semana de 4 dias de trabalho inicia testes no Brasil

Começaram os planos de várias companhias brasileiras dispostas a dar o salto para uma semana de trabalho mais curta.



Quando você pensa em uma semana de trabalho, provavelmente visualiza cinco longos dias se estendendo à sua frente. Mas e se pudéssemos reinventar essa imagem? Ao que tudo indica, algumas empresas brasileiras estão prontas para abraçar uma abordagem inovadora: a semana de quatro dias de trabalho.

Leia mais: A verdade sobre a jornada de 4 dias que muita gente não quer aceitar

Nesta terça-feira (5), começaram os planos de várias companhias brasileiras dispostas a dar o salto para uma semana de trabalho mais curta. A proposta? Uma redução das tradicionais 40 horas semanais para 32 horas, sem qualquer impacto nos salários dos funcionários. Cerca de 400 trabalhadores, de um total de 20 empresas, estão prontos para embarcar nessa experiência revolucionária.

O projeto é uma colaboração entre a consultoria Reconnect Happiness at Work, a 4 Day Week Global e pesquisadores do renomado Boston College. A fase de testes está programada para começar entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, e se estenderá por seis meses.

Mas, qual é exatamente o objetivo desta mudança?

O objetivo da metodologia da semana de quatro dias não é simplesmente trabalhar um dia a menos, mas sim redesenhar a forma de atuação das empresas, que poderão fazer uma melhor gestão de tempo, automatizando processos, delegando tarefas e principalmente revendo prioridades durante a rotina“, explicou a organização 4 Day Week Global.

Tal metodologia não é uma novidade global. Na verdade, testes semelhantes já foram realizados em nações como Reino Unido, EUA, Irlanda e Dinamarca. Os resultados? Aumento da produtividade, melhoria do bem-estar dos funcionários, aumento da receita e, talvez o mais importante, uma drástica redução nos níveis de estresse e burnout.

Renata Rivetti, diretora da Reconnect Happiness at Work, expressou seu entusiasmo pelo projeto, afirmando: “Esse é um passo importantíssimo para revolucionar o mundo do trabalho, possibilitando mudanças no desempenho dentro de nossos cargos, tornando a jornada de trabalho mais produtiva e ao mesmo tempo saudável”.

Dado que o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo e ocupa o segundo lugar em sintomas de burnout, parece ser o local ideal para avaliar o impacto de uma semana de trabalho reduzida.

Com base em um estudo anterior realizado no Reino Unido, que envolveu 2.900 colaboradores de 61 empresas, 92% das organizações continuaram com a semana de quatro dias após a conclusão do projeto piloto. E aqui vem a parte interessante: 15% dos colaboradores envolvidos declararam que nem mesmo um aumento salarial os levaria de volta à rotina de cinco dias de trabalho.

Agora, só nos resta observar. As empresas brasileiras que adotarem o modelo estarão na vanguarda de uma potencial revolução global no ambiente de trabalho. Se for bem-sucedido, poderá não apenas transformar o cenário de trabalho nacional, mas também servir de exemplo para organizações em todo o mundo.




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