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EUA consideram ineficiente descongestionante nasal muito usado no Brasil

Se você já usou um desses remédios para desentupir o nariz, saiba que ele pode não ter sido tão eficaz assim. Entenda a nova polêmica!



Um dos principais componentes utilizados para combater a gripe e resfriado foi classificado como não eficiente nesses casos. Estamos falando da fenilefrina, que de acordo com estudos da Food and Drug Administration (FDA), não funciona. Em uma reunião realizada nesta segunda (11) e terça (12), os especialistas concluíram que essa medicação, ao ser ingerida na forma de comprimidos, cápsulas ou xaropes, é ineficaz quanto ao descongestionamento nasal.

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No Brasil, alguns dos medicamentos que possuem esse componente são: Decongex, Cimegripe, Resfenol e Benegripe. A fenilefrina é usada para aliviar os sintomas da gripe, dos resfriados e dos quadros alérgicos. No entanto, com a avaliação de que o fármaco não é eficaz nestas formas de ingestão, a FDA agora precisará definir se ele deverá ser retirado do mercado.

De acordo com os representantes da FDA, mesmo que os experimentos apresentem ineficácia, o descongestionante não apresenta riscos à saúde dos cidadãos, desde que ingeridos de acordo com a orientação dos fabricantes. Até o momento não há discussões ou previsões sobre a suspensão da fenilefrina no Brasil.

Afinal, funciona ou não funciona?

Dentre os sintomas de um resfriado, gripe e reações alérgicas, está o congestionamento nasal. Isso porque a ação dessas doenças causa uma inflamação nas vias aéreas, gerando o acumulo de catarro e impedindo a circulação do ar. E é neste sintoma que a fenilefrina atua. De acordo com a bula do Resfenol, o composto “atua nos receptores pós-sinápticos alfa, causando vasoconstrição [aperto dos vasos sanguíneos], redistribuição do fluxo sanguíneo local e redução do edema da mucosa nasal”.

No entanto, o suposto efeito do composto começou a ser questionado nos Estados Unidos em 2007. Na ocasião, um grupo de especialistas foi contra o uso da fenilefrina pela primeira vez. Nas últimas semanas, o estudo feito pela FDA demonstrou que os estudos originais da fenilefrina “tem problemas metodológicos e estatísticos significativos e não atendem aos padrões dos estudos atuais”.

De acordo com Theresa Michele, médica diretora do Escritório de Drogas Isentas de Prescrição, “os novos dados [sobre a fenilefrina] não fornecem evidências que, nas doses testadas, a fenilefrina oral é efetiva como descongestionante nasal”. Assim, 40 mg do composto são ineficazes, mas dosagens maiores podem gerar maiores preocupações com segurança.




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