Você também sentiu aquele calorzinho a mais nesse último verão? Não estamos falando daquelas sensações de “acho que esqueci o ferro ligado” ou “deixei a pizza no forno“. Estamos falando daquela sensação térmica que faz você reconsiderar usar aquela jaqueta jeans super estilosa. Pois é, quase metade do mundo está no mesmo barco suado!
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De junho a agosto, cerca de 3,8 bilhões de pessoas – sim, você leu certo, isso é 48% da população mundial – enfrentou temperaturas mais altas que o usual.
Parece que o planeta decidiu colocar o termostato no máximo e esquecer. E sabe quem está levando a culpa? As mudanças climáticas, principalmente devido às emissões de gases decorrentes do uso de combustíveis fósseis e, claro, o desmatamento.
Calor extra nos últimos meses
Um estudos de atribuição feito pelo Climate Central, nos EUA, usou uma ferramenta chamada Climate Shift Index. O resultado? Além do nosso número alarmante de 3,8 bilhões de pessoas lidando com o calor elevado, eles descobriram que 1,5 bilhão de cidadãos sentiram esse calor extra todos os dias durante esses três meses.
O mais intrigante é que os lugares que sentiram o calorão mais intensamente são justamente os que menos contribuíram para essa mudança climática. Os grandes emissores, como o Brasil, estão sentindo menos na pele o resultado de suas emissões.
“Em todos os lugares, se você começar a ir além das temperaturas que as pessoas experimentam regularmente em cada época do ano, esse é um calor perigoso“, disse Andrew Pershing, vice-presidente de Ciências da Climate Central.
E Friederike Otto, do Imperial College London, acrescentou que até em áreas tropicais onde o calor já é comum, como em Porto Rico, um pequeno aumento nas temperaturas pode ter um grande impacto.
Pra finalizar, você se lembra de julho de 2023? Se você pensou “nossa, parece que foi o mês mais quente de todos“, você acertou! E adivinha? A ONU já soltou o alerta: estamos caminhando para um colapso climático. Talvez esteja passando da hora repensar nossos hábitos, não acha?
