Má notícia para os moradores do Pará! Os consumidores desse estado passaram a contar com a maior tarifa residencial de energia elétrica do país, devido a um reajuste médio de 11% feito pela distribuidora local, a Equatorial PA. O reajuste entrou em vigor na última semana, fazendo com que o preço da energia consumida por kWh passe a ser de R$ 0,96. Vale ressaltar que a média nacional é de R$ 0,72 por kWh.
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Dentre os fatores que pesaram para o aumento da tarifa cobrada, está o alto índice de perda de energia. Essa perda se dá por motivos técnicos ou por furto. Além disso, a distribuição de energia ainda tem o desafio de atender áreas distantes com poucos moradores. Ao todo, são 144 municípios ao longo de 1.248 mil km², cerca de 14,7% do território brasileiro. Com isso, é uma média de 17 consumidores por km², impactando diretamente nos custos do fornecimento.
Alto nível de inadimplência influencia nos custos
“Por ser um Estado continental, a logística e os custos para operação, manutenção e expansão da rede elétrica são muito mais altos e desafiadores que nos outros Estados. Além disso, com uma densidade demográfica muito abaixo da média nacional e com cargas predominantemente residenciais, a divisão dos custos resulta em uma parcela maior para cada consumidor, quando se compara a concessões com cargas maiores e mais concentradas”, afirmou a Equatorial em nota.
Além da questão da distância, a combinação entre índices de pobreza e o alto custo da energia faz com que o nível de inadimplência no Pará acarrete custos para a distribuidora. Atualmente, 77% dos consumidores residenciais fazem parte da Tarifa Social de Energia Elétrica.
Ademais, o alto percentual de consumidores que migrou para o mercado livre de energia, totalizando 22% deles, faz com que os preços aumentem para os demais que dependem da energia elétrica. Assim, no modelo atual, os custos da rede acabam sendo divididos entre menos consumidores, o que resulta em um alto valor cobrado.
Ranking com as energias mais caras do país
De acordo com um levantamento feito pela Aneel, as distribuidoras que cobram as tarifas mais altas de energia elétrica são:
- Equatorial PA (PA): R$ 0,96/kWh;
- Enel RJ (RJ): R$ 0,89/kWh;
- Energisa MT (MT): R$ 0,88/kWh;
- Energisa MS (MS): R$ 0,88/kWh;
- Equatorial AL (AL): R$ 0,87/kWh;
- Amazonas Energia (AM): R$ 0,84/kWh;
- Light (RJ): R$ 0,81/kWh;
- Neonergia Coelba (BA): R$ 0,81/kWh;
- Energisa MG (MG): R$ 0,80/kWh;
- Neonergia PE (PE): R$ 0,76/kWh;
- Energia TO (TO): R$ 0,76/kWh;
- ELFSM (ES): R$ 0,76/kWh;
- Cemig (MG): R$ 0,75/kWh;
- Enel CE (CE): R$ 0,74/kWh;
- Equatorial PI (PI): R$ 0,74/kWh.
