O azeite de oliva é um ingrediente presente na mesa de milhões de brasileiros, mas nem sempre o consumidor está recebendo algo condizente com o prometido pela marca. Em uma grande operação realizada em 2018, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) retirou do mercado uma série de produtos que não estão dentro dos padrões de qualidade exigidos.
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A pasta informou que 59,7% das amostras coletadas foram reprovadas na análise, que utilizou a comprovação de compra da matéria-prima e a nota fiscal de saída do item. Segundo o ministério, muitas empresas não apresentaram fundamentos para vender azeite de boa qualidade.
O levantamento revelou que a maneira mais comum de fraude é misturar azeite de oliva com outros tipos de óleos. Após a operação, cerca de 300 mil litros de produtos irregulares foram retirados de circulação.
As empresas que tiveram lotes reprovados foram autuadas e pagaram multa com valor mínimo de R$ 5 mil, acrescido de 400% sobre o custo do produto.
Como identificar um azeite de qualidade
O azeite de oliva virgem ou extravirgem não pode conter óleos vegetais refinados, nem tampouco outros ingredientes e aromas ou sabores de qualquer natureza. Já o rótulo do azeite de oliva refinado deverá obrigatoriamente informar que ele é do “tipo único”.
“O consumidor precisa estar atento e não se deixar enganar pelas embalagens bonitas com ilustrações de azeitona ou com referências a Portugal e Espanha. Outro ponto muito importante é o preço. O consumidor deve desconfiar da unidade de 500 mililitros vendida por menos de R$ 10”, diz a coordenadora-geral de Qualidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Fátima Parizzi.
Também é interessante conferir a lista de marcas que foram reprovadas pela Rede de Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (Rede LFDA), disponível aqui. Já as empresas aprovadas durante a análise e estão “em conformidade com Norma Legal” podem ser consultadas abaixo: