Todo mundo ama um pouco de atenção, especialmente quando criança. Afinal, quem não gosta de ser o centro das atenções em sua própria festa de aniversário? Mas há uma linha tênue entre construir a autoestima de um filho e inadvertidamente alimentar um narcisista em potencial. E aqui está o ápice: certas atitudes parentais podem estar empurrando seus pequenos mais para um lado do que para o outro.
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A psicóloga Ramani Durvasula compartilha que muitos narcisistas que ela tratou na vida adulta eram autodenominados “crianças difíceis“. E o interessante é que há dois caminhos que podem levar ao narcisismo infantil, e eles são, surpreendentemente, opostos: o da criança negligenciada e o da superprotegida.
Quando uma criança é superprotegida, com pessoas constantemente dizendo o quão especial ela é, isso pode ser problemático. Durvasula coloca de forma direta: “Pessoas dizendo aos seus filhos que eles são os mais especiais e merecem tudo… Não, vocês não merecem“.
Em um mundo onde crianças são celebradas em extravagantes festas de aniversário ou shows caríssimos, o que realmente estamos ensinando a elas?
Por outro lado, se um pequeno cresce em um ambiente em que seus sentimentos são frequentemente ignorados, ele pode aprender que os sentimentos dos outros não têm valor, levando-o a ser mais centrado em si mesmo.
Mas calma, nem tudo está perdido
Afinal, as crianças têm uma incrível capacidade de aprender e se adaptar. Se você perceber que seu filho pode estar mostrando traços narcisistas, você pode ajudá-lo a reverter isso.
O neurocientista Cody Isabel sugere que os pais comecem mostrando uma regulação emocional adequada. Se você fizer uma cena porque seu pedido de café veio errado, o que seu filho aprenderá com isso?
Além disso, ajudar seu filho a identificar e expressar suas emoções é fundamental. Fornecer um espaço onde ele possa refletir sobre suas ações e sentimentos é crucial.
Como Cody sutilmente coloca, “Em vez de aceitar sua disfunção emocional, você está ajudando-os a desenvolver suas habilidades de empatia, consciência social e regulação emocional“.