Nos últimos dias, algumas regiões do país sofreram com temperaturas muito mais altas que o normal. Nesta toada, a tendência é que 2023 seja o ano mais quente já registrado no planeta Terra.
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Segundo pesquisadores climáticos, nas duas últimas semanas o calor foi considerado anormal. Aliás, teve uma média próxima de 2º C acima dos níveis pré-industriais. Este é um limite de aquecimento que queremos evitar.
Se continuarmos desta forma, as ameaças das condições extremas que o calor pode causar em todo o mundo ficam ainda mais palpáveis.
El Niño
Um dos responsáveis pelas altas temperaturas dos últimos dias é o El Niño, mas em uma versão mais “hard”. Houve um aprofundamento do seu padrão climático e indica que a situação pode se agravar mais no próximo ano, dizem os cientistas.
De acordo com o cientista sênior da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, Michael McPhaden, em texto publicado no Estadão, o El Niño não atingirá seu ápice até o fim deste ano. Ou seja, ainda tem muito calor para vir por aí.
A última vez em que este fenômeno climático foi tão forte foi em 2016. À época, além do recorde de calor global médio, também levou a um aumento de calor extremo e tempestades.
Outros fatores
Além do El Niño, outros fatores também levaram a este aumento nas temperaturas. Por exemplo, a redução das emissões de navios, que, segundo matéria do Estadão, permitiram que mais luz solar alcançasse os oceanos. Cientistas também citam a erupção de 2022 do vulcão submarino Hunga Tunga e um aumento na atividade solar.
E, claro, o desmatamento e a queima de combustíveis fósseis, que encabeçam a lista. Afinal, estas atividades emitem gases de efeito estufa na atmosfera e muito deste calor é absorvido pelos oceanos.
Cientistas, inclusive, chamam este aumento de “conclusão inviável”. Por isso, pedem que tomemos atitudes ousadas e rápidas para reduzir a emissão destes gases. Segundo eles, somente assim poderemos evitar ao máximo os impactos do calor.