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A hora é boa para comprar um carro elétrico? Preços podem mudar em breve

Veículos elétricos podem voltar a ter tributos de importação no Brasil, dificultando e encarecendo a compra.



Muita gente sonha em comprar um carro elétrico, mas fica adiando esse sonho para um futuro onde a infraestrutura necessária para atender à demanda dos eletrificados seja maior e melhor. A má notícia é que uma decisão do governo pode encarecer esse tipo de veículo, então é bom se apressar.

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O Palácio do Planalto está avaliando a possibilidade de acabar com a isenção de imposto de importação para carros elétricos e híbridos, em vigor desde 2016. A informação foi confirmada por fontes da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico) e da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que participaram de reuniões com a equipe de Lula.

Segundo a Anfavea, o objetivo é conter a “invasão” de fabricantes chineses, que têm custos de fabricação bem menores que os nacionais.

“O que temos hoje é 0% de imposto de importação sem data para acabar. É mais barato fazer lá fora do que nas nossas próprias fábricas, mesmo para montadoras que produzem no Brasil. Mas precisamos de uma regra de transição, ninguém quer chocar o mercado de uma hora para outra com mudanças abruptas”, explica Márcio de Lima Leite, presidente da associação.

Aumento nos preços

O imposto de importação tem alíquota de 4% para híbridos e está zerado para carros totalmente elétricos. Caso o retorno da cobrança se confirme, os veículos com motor eletrificado podem ficar até 35% mais caros no Brasil. Segundo Leite, o Brasil deixou de arrecadar R$ 2,2 bilhões desde a redução do tributo.

Já a ABVE propõe que a mudança na tributação seja feita somente em 2025, quando os elétricos deverão corresponder a cerca de 6% do mercado nacional. Por enquanto, a fatia desse tipo de veículo ainda é de 2%, apesar do crescimento expressivo das unidades emplacadas nos últimos meses.

“Os carros puramente elétricos representam menos de 0,5% do total de vendas de veículos do país, e vai continuar assim por muito tempo. A Anfavea é essencialmente protecionista, sempre foi. Mas quando o assunto é carro elétrico não tem de quem se proteger. O volume é muito baixo”, diz o presidente da JAC Motors, Sérgio Habib.

Nacionalização da produção

Para manter os preços acessíveis em meio às discussões sobre a volta do imposto, uma possível solução é a instalação de mais fábricas no Brasil. A chinesa BYD, por exemplo, inaugurou uma planta em Camaçari (BA), onde produzirá o hatch elétrico Dolphin (R$ 149,8 mil) e o híbrido plug-in Song Plus (R$ 229 mil).

A GWM também anunciou uma unidade fabril de montagem de veículos em Iracemápolis (SP), que terá como foco a nacionalização do Haval H6 e da picape Poer. Com a produção nacional, os modelos devem receber benefícios do governo e ficar mais baratos para o consumidor.




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