Cabeleireiros e vendedores de roupas são as categorias que mais têm MEI

Levantamento do IBGE mostra quais categorias de mais possuem registro de microempreendedor individual no Brasil



Uma nova pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revela o avanço do MEI (microempreendedor individual) e seu forte crescimento em alguns ramos da economia. Segundo os dados do levantamento, o Brasil tinha 13,2 milhões de MEIs em 2021.

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O segmento profissional campeão de registros é o de cabeleireiros e outras atividades de tratamento de beleza, com 1,2 milhão de representantes. O grupo correspondia a 9,1% do total de cadastros na categoria jurídica.

Em seguida no ranking está o comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, com 939,6 mil microempreendedores, ou cerca de 7,1% do total. Em terceiro lugar está a classe de restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas, com 827,3 mil registros (6,3% do total).

Segundo o IBGE, esse último segmento reúne tanto os microempreendedores que montaram um serviço de venda de comida em casa, quanto os que prestam serviços para outras empresas do setor.

Outros dados do levantamento

A pesquisa batizada de Estatísticas dos Cadastros de Microempreendedores Individuais 2021 ainda é experimental, ou seja, precisa passar por testes e avaliações. Os dados colhidos têm como base registros administrativos.

O crescimento do número de MEIs entre 2019 e 2021 foi de 37,5%, o que pode ser explicado especialmente pela pandemia de coronavírus. “Uma mão de obra viu o microempreendedor individual como oportunidade de compensar a perda de renda. Pode ter relação”, explica Thiego Ferreira, analista responsável pelo relatório do IBGE.

Cerca de 1,8 milhão de trabalhadores se desligaram de empregos no setor formal antes do cadastro no regime, enquanto 1,1 milhão foram demitidos por justa causa ou por decisão dos antigos empregadores.

No ano do levantamento, quase 70% do total de empresas abertas no Brasil eram MEI. No setor de cabeleireiros e outras atividades de tratamento de beleza, cerca de 90,6% do total de empreendedores optaram pela categoria.

Preferência por gênero

A pesquisa mostra ainda que 582,4 mil homens abriram o CNPJ na atividade “serviços especializados para construção não especificados anteriormente”, o equivalente a 96,2% do total de microempreendedores individuais que fazem parte do segmento (605,5 mil).

Já as mulheres estavam predominantemente no ramo de cabeleireiros e outras atividades de tratamento de beleza, correspondendo a 80,6% do total de MEIs no segmento (965,2 mil de 1,2 milhão).




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