Pessoas cuidadosas e apaixonadas por carros costumam empenhar muito tempo e recursos para cuidar do próprio veículo. Seguindo um plano de manutenção adequado, essa prática pode evitar problemas graves e gastos excessivos no futuro.
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Entretanto, os proprietários que exageram nos cuidados podem acabar danificando o automóvel e resultado no efeito oposto ao desejado: mais gastos e problemas. A seguir, veja alguns exemplos de como o “carinho” em excesso prejudica seu carro.
1. Aditivo no óleo ou no combustível
O serviço de adicionar aditivos de combustível e até de óleo é oferecido em diversos postos e oficinas sob a promessa de “limpar” o motor para melhorar o consumo e o desempenho. Contudo, ele é desnecessário e pode até causar prejuízos.
“Tanto o combustível quanto o óleo lubrificante já são certificados e vendidos com a formulação necessária para proporcionar o funcionamento ideal do motor. Não recomendo colocar aditivo”, orienta o engenheiro e consultor automotivo Francisco Satkunas.
2. Polimento da pintura
O polimento é uma prática que revitaliza a pintura, mas passar produtos demais pode remover a camada de verniz do veículo, deixando-o com uma aparência fosca. Isso acontece principalmente devido ao uso de uma máquina politriz, que sem o conhecimento técnico se torna algo destruidor.
Polir a pintura não é algo que deve ser feito com frequência, apenas em momentos em que ela precisa ser retificada, uniformizada e recuperada. Para se ter uma ideia, alguns carros não suportam mais que três polimentos.
3. Tanque transbordando
Para evitar uma pane seca, alguns motoristas enchem o tanque de combustível até quase transbordar. Entretanto, a prática pode danificar o filtro com carvão ativado, que perde sua capacidade de reter os gases provenientes da evaporação do combustível.
O engenheiro Everton Lopes orienta o condutor a parar de abastecer assim que o gatilho for desarmado, garantindo um nível seguro e adequado de abastecimento.
4. Limpeza dos bicos injetores
A limpeza dos bicos injetores é recomendada apenas quando há alguma obstrução no componente. Erwin Franieck, da SAE Brasil, explica que o procedimento só deve ser realizado quando o motor apresentar falha de funcionamento causada por bico entupido, o que deve ser devidamente comprovado por um profissional.
“Tem de avaliar caso a caso. O sensor de oxigênio, a popular sonda lambda, pode identificar redução na vazão em um ou mais bicos injetores. Porém, o problema pode estar relacionado a outros componentes, como filtro obstruído e falha na bomba de combustível”, completa.