É inegável que o WhatsApp tem investido bastante em segurança nos últimos anos. A mais impactante e transparente de todas foi a divulgação de que agora as conversas são protegidas pela tecnologia de criptografia de ponta a ponta. Então, hackear o app é um trabalho muito laborioso.
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Com isso, este tipo de serviço está muito – mas muito! – caro. Segundo o site TechCrunch, a demanda por programas maliciosos capazes de forçar o acesso às mensagens tem crescido bastante nos últimos anos. Em paralelo, o preço deles também cresceu.
Ainda de acordo com a publicação, os malwares ficam em torno de US$ 20 milhões. Perceba que são dólares, e não reais.
Mas isso não é possível
É possível, sim – e está documentado. O site teve acesso a um relatório, divulgado na última quinta-feira, 5 de outubro, de uma empresa russa que oferecia os US$ 20 milhões (aproximadamente R$ 103 milhões na cotação atual).
A companhia tinha interesse em comprar “hacks de dia zero”. Eles exploram falhar desconhecidas pela Meta, a desenvolvedora do WhatsApp.
Os softwares maliciosos foram criados para um grupo de clientes, segundo o site, formados por organizações privadas e governamentais com sede na Rússia. O que queriam era comprometer celulares Android e iPhones.
Subiu
Conforme o TechCrunch, o valor pago pelos malwares é muito mais alto do que há dois anos. Veja bem, em 2021, um software capaz de explorar falhas de dia zero do WhatsApp custava aproximadamente entre US$ 1,7 milhão e US$ 8 milhões (de R$ 8,7 milhões a R$ 41 milhões).
Por que hackear o WhatsApp é tão caro e tão difícil?
O valor é justamente referente à dificuldade. E a Meta, empresa responsável pelo WhatsApp, investe muito na segurança das mensagens trocadas no app. Como a já citada criptografia de ponta a ponta e também o modo de bloqueio do iOS.
Estas são travas de segurança que deixam o aplicativo mais seguro. Assim, as pessoas podem usá-lo livremente e sem preocupações.
Ademais, a guerra entre Rússia e Ucrânia pode ser outro fator para a alta de preços. Durante o conflito, muitos hackers têm se recusado a trabalhar com os russos e exigem mais dinheiro para fazê-los mudar de ideia.
Mas você não precisa se preocupar (muito). Mesmo que eles consigam hackear o WhatsApp, nós, meros mortais, não somos os alvos. De acordo com o TechCrunch, o foco são entidades governamentais, como as agências de inteligência e os órgãos reguladores.