O aumento das temperaturas globais deve provocar a extinção dos seres humanos em 250 milhões de anos, bem como de todas as demais espécies de mamíferos terrestres. A descoberta é de um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido, publicado na revista Nature Geoscience.
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Os modelos mostram um território extremamente quente, com temperaturas de até 70ºC e altos níveis de umidade. Os continentes terrestres voltarão a se unir na altura dos trópicos, formando um supercontinente inabitável chamado de Pangeia Última.
Em cerca de 250 milhões de anos, a previsão é que o Sol se torne mais quente, lançando grandes quantidades de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera terrestre por meio de violentas erupções vulcânicas. O planeta ficará tão quente que os mamíferos não conseguirão mais sobreviver.
Segundo os pesquisadores, cerca de 8% a 16% do território do supercontinente será habitável.
Efeitos das mudanças climáticas
Os graves impactos da mudança no clima puderam ser sentidos pelo mundo ao longo deste ano, quando foram registrados ciclones seguidos de temporais no Rio Grande do Sul que resultaram na morte de 49 pessoas. Enchentes em Hong Kong e na Líbia, incêndios na Grécia e no Havaí e outros desastres estão na lista de consequências.
Embora os mamíferos sejam, em geral, mais adaptáveis a temperaturas baixas, eles não se adaptam bem ao calor extremo. “Humanos – e outras espécies – entrarão em extinção dada a sua inabilidade de se proteger por meio do suor (que resfria nosso corpo) de temperaturas tão altas”, explica o principal autor do estudo, Alexander Farnsworth.
“O novo supercontinente reunirá três problemas: o efeito de continentalidade (que agrava o calor), um Sol efetivamente mais quente e o aumento do lançamento de CO2 na atmosfera (o que contribui para o aquecimento global). O resultado é um ambiente muito mais hostil no que diz respeito à disponibilidade de alimento”, completa.
Se a humanidade parar de queimar combustível fóssil, os níveis de CO2 devem crescer de 400 partes por milhão (ppm) para mais de 600 ppm até a formação do supercontinente. Caso isso não aconteça, o valor será atingido bem antes.
Apesar de o aquecimento global ser uma consequência irreversível, os pesquisadores alertam que reduzir as emissões de gases de efeito estufa é imprescindível para desacelerar as mudanças climáticas.