Não encha o tanque do seu carro com gasolina nesta sexta-feira, 20; saiba o motivo

Enquanto a gasolina terá redução de R$ 0,12 por litro, o diesel aumenta R$ 0,25 e chega a R$ 4,05 por litro.



A Petrobras anunciou nesta quinta (19) que reduziu o preço da gasolina em R$ 0,12 por litro para as distribuidoras de combustível. Com o novo reajuste, o preço médio cobrado pelo litro da gasolina será de R$ 2,81. Em contrapartida, o diesel terá um aumento de R$ 0,25 por litro, passando a ser R$ 4,05 por litro. Os novos valores já estarão valendo a partir deste sábado (21).

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Ao olhar para o cenário anual, a variação acumulada dos valores de venda tanto da gasolina quanto do diesel para as distribuidoras foi de redução, mesmo com o aumento do preço do petróleo. Assim, a commodity fechou a US$ 98 o barril Brent nesta quinta (19), utilizado como referência pela Petrobras.

Petrobras busca por preços competitivos

De acordo com Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, a nova estratégia comercial adotada pela petroleira tem se mostrado bem-sucedida, principalmente em relação ao intuito de tornar a empresa competitiva no mercado e evitar o repasse dos valores para os consumidores. “Uma prova disto é que ao longo deste ano, mesmo com o valor do Brent mais alto que no ano passado, os preços dos nossos produtos acumulam quedas, muito diferente do que aconteceu ao longo de 2022”, afirmou Jean Paul.

Além disso, Prates ainda afirma que a nova estratégia comercial, substituindo a política de preços utilizada anteriormente, incluiu parâmetros que refletem melhores condições de refino e logística na precificação. Devido ao mercado externo e interno, e também aos parâmetros da estratégia comercial da Petrobras, diferentes movimentos aconteceram nos produtos.

“Para a gasolina, o fim do período sazonal de maior demanda global significa maior disponibilidade e desvalorização do produto frente ao petróleo. Por outro lado, para o diesel, observa-se uma demanda global sustentada, com expectativa de alta sazonal, resultando em valorização do produto frente ao petróleo”, explica o presidente.

Aumento da defasagem nos combustíveis

De acordo com Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa, a redução no preço da gasolina deverá influenciar diretamente na inflação de novembro. Já em relação ao diesel, a companhia subiu em R$ 0,25 o valor do combustível, equivalente a uma alta de 6,6% no preço das distribuidoras e 3,6% nas bombas.

“Em termos diretos para o IPCA o impacto é nulo, visto que o peso do subitem é de apenas 0,23%, ante 4,8% da gasolina. Contudo, indiretamente o impacto é gigantesco em função da matriz de transportes de bens da nação, mas o seu repasse ao consumidor tem uma defasagem temporal maior e o coeficiente é mais incerto”, explicou Sanchez.

Por fim, Sanchez ainda afirma que a redução de 12 centavos na gasolina aumenta a defasagem para cerca de 30 centavos. “Em outras palavras, o preço da gasolina da Petrobras precisaria subir R$ 0,30 e o diesel R$ 0,35, para se equiparar aos níveis internacionais”, finaliza.




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