O governo federal apresentou em setembro o Projeto de Lei do Programa Combustível do Futuro, texto que reúne medidas para estimular o uso de combustíveis mais sustentáveis. Uma delas é o aumento da concentração de etanol na mistura da gasolina vendida no país.
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A ideia é elevar os limites mínimo e máximo do teor de etanol anidro permitido na gasolina nacional. Se o projeto for aprovado, as margens irão de 18% a 27,5% para 22% a 30%. A última mudança no limite ocorreu em 2015.
Por que mudar a composição da gasolina
A ideia de ampliar a porcentagem de etanol presente na mistura do combustível tem entre seus objetivos controlar melhor o preço da gasolina, já que o biocombustível é mais acessível e fácil de produzir. Além disso, o Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos.
Com o aumento da demanda pelo produto, o país pode reduzir ainda mais sua necessidade de importação. Para o consumidor, a diferença esperada é uma economia nos gastos com combustíveis, considerando que o etanol é mais barato que a gasolina.
Outro ponto importante apontado pelo governo é a redução das emissões de carbono e outros gases poluentes na atmosfera, já que o etanol também é muito menos poluente que o derivado de petróleo puro.
O plano é aumentar o percentual de forma gradual nos próximos anos, até chegar a um combustível mais sustentável.
Economia de recursos
O Brasil já economizou o equivalente a mais de 2,3 bilhões de barris de petróleo e evitou a emissão de mais de 1,5 bilhão de toneladas de carbono na atmosfera desde 1975, quando foi lançado o programa Proálcool. Os resultados destacam como o etanol é uma matriz energética desejável para o país.