A sensação de reconhecimento é algo intrínseco à natureza humana. Todos nós, em algum momento, sentimos o desejo de sermos mais valorizados, especialmente no ambiente de trabalho. E esse desejo pode se traduzir no ato corajoso de pedir um aumento salarial ao chefe.
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Porém, essa coragem pode se transformar rapidamente em desconforto se cometemos erros clássicos que colocam nossa credibilidade em xeque. A forma como você aborda o pedido de aumento pode ser determinante para o sucesso (ou fracasso) dessa conversa.
E para te ajudar nessa jornada, trouxemos algumas dicas valiosas para você não errar na hora H.
Como você pode acertar ao pedir aumento para o chefe?
Primeiro, é fundamental entender a essência da conversa. Segundo Melhina Magaña, especialista em comportamento humano, o ideal é levar o assunto ao seu chefe dizendo que deseja conversar sobre seu crescimento profissional. Isso porque o diálogo deve ser centrado em seu desenvolvimento e contribuição para a empresa, e não em questões pessoais.
O especialista e líder da consultoria comportamental e de transformação firme Daucon pontua: “Você tem que contar a história de por que você é uma pessoa merecedora. E também, você deve traçar as melhorias que fará quando tiver o novo cargo ou o aumento, porque isso revela que você pensou nisso e tem uma visão para o futuro”.
E já que estamos falando em erros, vamos a eles:
- Comparação com colegas: Peça o aumento baseado no seu mérito e não porque outro colega foi promovido. Como Magaña sinaliza, isso poderia reduzir sua credibilidade.
- Motivos pessoais: “Falar sobre sua situação ou como seus conflitos aumentaram não demonstra o seu valor“. Portanto, evite justificar o aumento por problemas financeiros ou familiares.
- Presunção: Nunca suponha que seu chefe sabe o quanto você vale. “Você sabe por quê” não é uma resposta aceitável. Esteja pronto para listar suas contribuições.
- Tempo de empresa: Estar na empresa por muitos anos não é, por si só, motivo para um aumento. Afinal, é o valor agregado durante esse tempo que realmente importa.
- Ameaças: Uma postura agressiva ou de ultimato raramente funciona. O trabalhador nunca deve recorrer a táticas de pressão.
Agora, e se, mesmo com todos os argumentos, o aumento for negado?
Sergio Juárez, especialista em Desenvolvimento Organizacional e Comunicação Humana, nos lembra de que a negativa não deve ser o fim do mundo.
Ele diz: “talvez um movimento horizontal no organograma, ou a atribuição de novos colaboradores, possa resultar, em certa medida, num aumento para o trabalhador, não necessariamente financeiro, mas de salário moral”.