O lançamento de “A Menina que matou os Pais – A Confissão” causou grande alvoroço em todo o país com sua estreia na Amazon Prime Video nesta sexta-feira, 27. O longa conta a história de Suzane Richthofen, condenada por matar os próprios pais e traz a promessa de completar a narrativa apresentada nos dois filmes anteriores.
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Apesar de contar a história de um dos crimes que mais marcaram a história do pais, Raphael Montes, roteirista da película, afirma que não houve qualquer ligação de Suzane ou mesmo dos irmãos Cravinhos na composição do filme.
Ele fez questão de ressaltar que as pessoas retratadas no filme não receberam, nem irão receber nenhum valor como pagamento ou uso de imagem, uma vez que não possuem direitos sobre a obra.
Processo judicial
Na prática, o roteirista usou o processo judicial como fio condutor para recontar a história dos assassinatos. “O filme é uma adaptação de uma história real baseada exclusivamente nos depoimentos transcritos nos autos do processo. Esses autos são públicos”, reforçou.
Na mesma linha, Raphael também negou a possível romantização das mortes ou celebração aos assassinos. “A interpretação dos fatos e das versões é facultada ao público. Os filmes não apontam inocentes ou culpados, tampouco romantizam ou enaltecem assassinatos”, completou.
O roteirista também esclareceu que trilogia não possui investimento público, uma vez que os filmes são produções realizadas exclusivamente com investimento privado.
Crime
A justiça decidiu que Suzane Richthofen planejou a morte dos pais com a ajuda do então namorado, Daniel Cravinhos e de seu irmão, Cristian Cravinhos. Vale lembrar que logo após o início das investigações, a jovem foi presa e, em 2006, condenada a 39 anos e seis meses de prisão em regime fechado.
Entretanto, após vários pedidos de revisão, conseguiu reduzir a pena para 34 anos e 4 meses. Portanto, a previsão é que ela cumpra a sentença até o dia 25 de fevereiro de 2038. No momento, Suzane está em regime aberto.
Neste regime, Suzane precisa cumprir algumas regras. Durante o dia, por exemplo, pode sair e trabalhar, mas à noite tem que se recolher em uma casa de albergado, determinada pela justiça. Em caso de mudança de endereço, ela precisa obter uma autorização do Poder Judiciário.
Interior de São Paulo
Depois que passou para o regime aberto, Suzane passou a morar em Angatuba, no interior de São Paulo. Por lá, ela cursa biomedicina e chegou a se inscrever em um concurso público municipal para uma vaga de telefonista. Além disso, abriu um cadastro de Microempreendedor Individual (MEI) como dona de um ateliê de costura.
Por fim, o “Su entre Linhas”, tem página no Instagram e mais de 30 mil seguidores. Contudo, ela não tem loja física, ou seja, apenas comercializa as peças online. Em tempo, revelações do jornalista Ullisses Campbell apontam que Suzane está grávida de uma menina.