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Tem chave presencial? Redobre os cuidados ou seu carro pode ser hackeado

Chave presencial é aquela que não vai na ignição do carro.



Antes, isso era algo “de luxo”. No entanto, hoje é super comum que os carros tenham um sistema de chave presencial, ou keyless. Aquelas que não vão na ignição. O motorista precisa apenas estar com ela no veículo e apertar um botão para que o veículo dê partida.

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Embora este seja um aparato tecnológico que facilita o dia a dia do condutor, ele também facilita o trabalho de hackers. Ladrões são capazes de burlar o sistema de segurança das montadoras e destravar os carros para roubá-los.

As montadoras correm contra o tempo para lançar atualizações para seus softwares antifurto. Entretanto, nem sempre são suficientes e vários clientes ainda estão em vulnerabilidade.

Como ladrões têm acesso aos carros?

Para roubar veículos equipados com sistemas keyless, criminosos recorrem a métodos muito sofisticados que exploram as vulnerabilidades dos sistemas de comunicação dos carros. As informações são de um relatório da CBS.

Uma das técnicas mais comuns é o chamado “ataque ao barramento CAN”, que se refere ao sistema de comunicação de mensagens que interliga várias partes do veículo.

A grosso modo, podemos dizer que ele funciona como um “sistema nervoso do carro”.

Conforme explicou Steve Lobello, proprietário da S&A Security, em entrevista à CBS, o método permite que os criminosos “excluam” as chaves originais e programem novas. Para isso, utilizam dispositivos originalmente destinados a chaveiros e especialistas em segurança automotiva.

Segundo Steve, esses dispositivos inclusive são vendidos online por ladrões em busca de maneiras de roubar veículos.

Há, ainda, a técnica do “ataque de retransmissão” (ou “relay attack”). Ela está “em ascensão” e tem se popularizado na Europa. No entanto, desde o ano passado, também tem sido usada por criminosos brasileiros.

Neste caso, hackers clonam a chave do veículo por aproximação. Funciona assim: dois ladrões trabalham juntos – um próximo à chave original, para captar o sinal, e outro próximo ao veículo. Usando dispositivos de retransmissão, criam uma extensão do sinal da chave.

Assim, “enganam” o sistema do carro e o veículo “pensa” que a chave está próxima. A partir daí, conseguem abri-lo e roubar o que está ali.

Tenho chave presencial, como me proteger?

Não precisa se desesperar. Há como evitar ser vítima destes golpes. Em entrevista ao Daily Mail, Daniel Armbustrer, especialista em segurança da Associação Americana de Automóvel, deu uma dica valiosa.

Se estiver em casa, guarde a chave do seu carro em um armário de metal, ou em dispositivos que cortem sinais de rádio. Isso vai impedir que os criminosos possam replicar o sinal da chave.

Ele também recomenda que os condutores estacionem seus carros em garagens fechadas. Além disso, ele reforçou a nunca deixar objetos de valor visíveis dentro do veículo.

O Departamento Nacional de Crimes de Seguros dos Estados Unidos também dão algumas dicas adicionais como medida de segurança. Segundo o órgão, os condutores devem usar travas na coluna de direção, alarmes extras no carro e colocar dispositivos de rastreamento no veículo.




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