Ufa, que calor! Qual é a temperatura máxima que o corpo humano pode suportar?

Onda de calor intenso que afeta o Brasil deixa brasileiros desconfortáveis e pode causar prejuízos à saúde.



Ninguém aguenta mais o calorão que tomou conta do Brasil nos últimos meses. Ondas de calor com temperaturas iguais e até superiores a 40°C têm sido frequentes no país, provocando desconforto e até consequências graves para a saúde da população.

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Após tantos dias de termômetros nas alturas, uma pergunta paira no ar: afinal, qual é a temperatura máxima que o corpo humano pode suportar?

Regulação da temperatura

O organismo humano precisa de uma temperatura interna constante em torno de 36,5°C e 37,2°C para funcionar bem, segundo o cardiologista José Luis Navarro Estrada, do Hospital Italiano de Buenos Aires. Acima disso vem a hipotermia, e abaixo ocorre a hipertermia.

O especialista explica que o centro termorregulador no hipotálamo é a parte do cérebro responsável por manter a temperatura corporal por meio de mecanismos neuro-humorais complexos. Quanto ela oscila para cima, normalmente devido a processos inflamatórios e infecciosos, vem a febre.

Estudos dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH) mostram que a hipertermia, por outro lado, ocorre quando o corpo não consegue se resfriar. Esse processo pode causar estresse, fadiga, tontura repentina, câimbras e exaustão.

Temperatura máxima que o corpo humano suporta
Temperatura máxima que o corpo humano suporta (Imagem: Eli Mordechai/Shutterstock)

Temperatura máxima suportada

O cardiologista argentino afirma que um ambiente com temperatura acima de 35°C pode sobrecarregar o mecanismo termorregulador do cérebro. No entanto, essa parte do corpo pode parar de funcionar adequadamente a partir de 41°C, gerando uma série de efeitos físicos.

A perda de regulação faz a temperatura corporal disparar de forma desproporcional, promovendo a insolação. Se não tratada corretamente, ela pode ser fatal.

Além disso, Estrada pontua que fatores como etnia, ambiente, idade e genética podem ampliar ou reduzir os limites de tolerância do corpo. Pessoas que vivem em desertos ou próximas aos trópicos, por exemplo, costumam ser mais tolerantes às altas temperaturas.

“Os efeitos do calor excessivo são agudos e, ao se recuperarem, os pacientes não costumam ter efeitos de longo prazo, a menos que tenham ocorrido danos neurológicos, renais ou cardiovasculares”, completa o especialista.




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