Bancos realizam campanha para reduzir riscos de golpes com Pix

Federação Brasileira de Bancos promove campanha informativa para evitar tentativas de fraude relacionadas ao sistema de pagamento.



Uma das consequências negativas da adesão acelerada dos brasileiros do Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, é o surgimento de novos golpes e fraudes digitais. Esquemas cada vez mais elaborados surgem todos os dias com o intuito de enganar clientes e roubar seu dinheiro.

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A Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em parceria com as instituições financeiras, lançou uma campanha para informar e alertar os usuários sobre tentativas de golpes. O foco são os links suspeitos e as mensagens enviadas por criminosos se passando por funcionários de bancos.

A entidade explica que a informação é a maior aliada na prevenção, já que os golpistas utilizam técnicas de manipulação psicológica para obter dados confidenciais ou conseguir com que o cliente faça transferências e pagamentos. O mais recente golpe relacionado ao Pix é um aplicativo que cria um falso recibo de pagamento.

“Pare, pense e desconfie. O cliente deve sempre suspeitar quando recebe mensagem de algum contato dizendo que ele está em alguma situação de emergência. Os dados pessoais de cada cliente pessoa física jamais são solicitados pelos bancos, e seus funcionários nunca ligam para fazer testes com o Pix, testes de transações, pagamentos ou estornos de lançamentos”, recomenda Adriano Volpini, diretor do comitê de prevenção de fraudes da Febraban.

Usuário é a maior vulnerabilidade

Segundo Volpini, sistemas e aplicativos financeiros contam com tecnologias de proteção e não há registro de violação por hackers. A maior arma dos criminosos são os próprios usuários, sobretudo os que anotam senhas das contas bancárias em blocos de notas do celular, e-mails ou mensagens de WhatsApp.

Também é comum encontrar consumidores que repetem a mesma senha de acesso no aplicativo de diversos bancos, sites de compra e serviços online. Muitas plataformas não possuem a mesma segurança e esquema de proteção das ferramentas bancárias, o que coloca esses dados em risco.

“Os bancos têm investido R$ 3 bilhões por ano em cibersegurança, 10% dos gastos do setor com tecnologia. As instituições também atuam junto à polícia para auxiliar na identificação e punição dos funcionários”, completa o executivo.

A Lei 14.155 estabelece punição de até oito anos de prisão para fraudes e golpes cometidos em meios eletrônicos, com agravante da pena caso a vítima seja uma pessoa vulnerável ou idosa.




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