O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, anunciou que o Drex e o Pix devem receber atualizações para permitir sua utilização sem internet pelos cidadãos, ou seja, offline. O anúncio ocorreu durante um painel realizado no último dia 17.
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“Os pagamentos estão sendo digitalizados, o dinheiro em espécie vai perdendo importância ao longo do tempo”, disse.
Campos Neto também abordou os desafios da inflação, o desenvolvimento de moedas únicas entre países e uso de inteligência artificial no mundo financeiro.
Fim da dependência da internet
Respondendo à pergunta de um participante do evento, o executivo afirmou que a dependência da internet é uma das maiores limitações das moedas digitais. O cidadão que levantou a questão mencionou que a falta de acesso à tecnologia vivida por alguns brasileiros pode comprometer a democracia financeira.
Para resolver o problema, o presidente do BC anunciou a criação de uma solução que permita transações offline. “Quando a gente fez o Pix, eu fiquei um pouco frustrado porque eu achei que, quando a gente desenhou o Pix e jogou pros bancos trabalharem com o negócio, os bancos iam fazer o offline”, disse Campos Neto.
“Mesmo sem sinal [de internet] você conseguiria pagar com offline via celular. Não precisa ter Wi-Fi. A gente achou que alguns bancos iam fazer isso naturalmente, mas não fizeram”, acrescentou, ponderando em seguida que o desenvolvimento custa caro e existem outras prioridades.
“A gente tá carregando numa ideia de ter o offline, não só para o Drex, eu acho que você pode ter o offline no Pix também. […] Você pode ter uma carteira digital dentro do seu celular, onde você deposita um dinheiro offline e pode fazer aqueles pagamentos offline, contanto que seu celular tenha bateria, mas não precisa ter sinal [de internet]. A gente está testando alguns modelos assim”, completou.
