Com o anúncio do pedido de recuperação judicial e a dívida de R$ 1,8 bilhão da SouthRock, operadora da rede Starbucks, clientes de várias partes do Brasil encontraram unidades da cafeteria de portas fechadas. A empresa alega dificuldades financeiras que duram mais de 3 anos.
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Lojas tradicionais em Ipanema, no Rio de Janeiro, assim como na Avenida Paulista, em São Paulo, estavam sem atividade no dia 1º de novembro. A notícia pegou alguns clientes de surpresa, enquanto outros atrelaram o fechamento ao pedido de recuperação judicial e o anúncio de dívidas da rede.
Starbucks de portas fechadas
A operadora SouthRock Capital opera 187 cafeterias Starbucks no Brasil. Segundo a companhia, nos últimos três anos, está delicada a situação dos varejistas, que foi ainda mais agravada pela pandemia da Covid-19.
Muitos deles têm apresentado dificuldades de manter as operações, principalmente diante de vários desafios econômicos no Brasil, a exemplo da inflação e as taxas de juros elevadas.
Diante da situação, a operadora deve passar por ajustes, como a revisão no número de lojas, assim como outros alinhamentos necessários diante da realidade dos últimos anos.
Justifica ainda que o pedido de recuperação judicial foi necessário diante do excesso de endividamento e da baixa lucratividade, principalmente depois do período de fechamento das unidades durante a pandemia, com prejuízos sentidos ainda hoje.
O pedido de recuperação judicial foi protocolado na 1ª Vara de Falências da Justiça de São Paulo, que rejeitou o pedido. O juiz Leonardo Fernandes dos Santos fez o pedido de uma perícia prévia sobre a documentação apresentada pela empresa. A intenção é verificar se ela corresponde com os registros fiscais e comerciais da companhia.
O juiz tomou essa decisão porque a avaliação inicial da documentação da empresa é algo que, segundo ele, requer conhecimento especializado para garantir que as informações sejam verdadeiras.
Assim, um lado deve ser apresentado nos próximos sete dias. Em resposta à decisão, a SouthRock disse que vai recorrer da decisão inicial e não definitiva.
