Quando o termômetro sobe, a primeira coisa que sentimos é o suor escorrendo pelas têmporas, axilas e nuca. Mas esta é apenas a ponta do iceberg. Por dentro, nosso corpo já passou por vários processos para controlar o calor extremo e nos deixar seguros.
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Isso porque o nosso organismo tem uma espécie de “regulador de temperatura” embutido, já que temperaturas muito altas (ou muito baixas) podem impactar nosso funcionamento. E, principalmente, prejudicar o funcionamento de órgãos cruciais para nossa sobrevivência, como o cérebro.
O que pode acontecer com meu corpo quando está muito calor?
A temperatura corporal dos seres humanos considerada normal oscila entre 36,6º C e 37º C. Mais do que isso já coloca nosso corpo em alerta. É o que tem acontecido bastante com a crescente onda de calor extremo em vários lugares do planeta – incluindo o Brasil.
Além do suor, nosso corpo também responde ao calor com outros sinais: rubor na pele, fraqueza, tontura, náuseas, dor de cabeça, diarreia e inchaços em pés e mãos. No entanto, estes sintomas tendem a se resolver sozinhos e sem complicações após o controle da temperatura e a ingestão de líquidos.
Quando a situação foge do controle, as pessoas podem sentir câimbra ou entrar em um quadro de exaustão por calor. Neste caso, houve um desequilíbrio de eletrólitos, causado principalmente pelo suor excessivo sem reposição.
Idosos, pessoas com hipertensão e aqueles que trabalham ou se exercitam ao ar livre estão mais suscetíveis a terem quadros mais moderados de exaustão ou câimbra.
Em casos gravíssimos, o corpo perde sua capacidade de autorregulação. Então, as pessoas podem ter algumas alterações no Sistema Nervoso Central e perceberem alterações na marcha. Além disso, também podem ter quadros de delírio, ter convulsões ou mesmo entrar em coma.
E, ainda, terem insolação pelo tempo exposto à luz do sol.
O corpo combate o calor até o último momento
Seres humanos são homeotérmicos. Ou seja, conseguem manter sua temperatura corporal equilibrada mas só até certo ponto. Isso acontece por meio de receptores térmicos que ficam na nossa pele, nossos órgãos e na nossa medula.
Eles se comunicam com o cérebro, que reage fazendo o que for necessário para que possamos diminuir ou aumentar nossa temperatura em situações que ele julga emergenciais.
O que fazer para me proteger?
Caso fugir do calor não seja uma opção viável, há algumas coisas que você pode fazer para amenizar a resposta do corpo e não sofrer com os sintomas desagradáveis citados acima.
- Mantenha-se hidratado, mas não vá pela sede. Beba sempre um pouco de água – e ofereça a pessoas que estão no grupo de risco;
- Evite bebidas alcóolicas;
- Faça refeições leves;
- Use roupas leves e de cores claras;
- Evite horários de pico de calor (entre 12h e 16h);
- Deixe sua casa ou escritório mais ventilados;
- Pegue mais leve nos exercícios físicos.