Azeite de oliva custa R$ 75 no Brasil e preço pode subir em 2024

Com as mudanças climáticas afetando a produção das oliveiras, o preço do azeite subiu consideravelmente em todo o mundo.



O azeite de oliva tem sido um dos itens responsáveis por deixar as compras de supermercado mais caras. Utilizado principalmente para temperar saladas e na preparação de pratos, o produto já possui uma alta de 80% em importadoras de azeite nos últimos 12 meses. No entanto, o problema não se iniciou agora.

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Desde 2022, a Europa vem passando por períodos de seca e calor extremo, situações que interferem diretamente no cultivo da azeitona. Isso porque as oliveiras precisam de temperaturas que variem entre 8ºC e 10ºC durante seu período de floração. Porém, o calor extremo impactou os principais países produtores de azeite, como Espanha, França e Itália.

Juntos, os três países representam mais de 60% da produção mundial do produto. Com as mudanças climáticas, os produtores perderam até um quinto das safras previstas para 2023. Por isso, a quantidade de produtos que seriam exportados diminuiu consideravelmente, ultrapassando o esperado por especialistas.

Azeites podem ultrapassar os R$ 75

Segundo os dados divulgados pelo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) em relação ao meio ambiente, as temperaturas médias nos países do mediterrâneo subiram 20% mais rápido do que a média global. Assim, a produção de azeite foi altamente afetada e os preços aumentaram consideravelmente em todo o mundo.

Com menos garrafas disponíveis no mercado, o azeite de oliva ficou 69% mais caro. No caso dos rótulos extra virgem, o aumento foi ainda maior: 80% entre novembro de 2022 e 2023. Nas lojas físicas ou no e-commerce, as garrafas de 500ml custam a partir de R$ 74,40. Com o azeite mais caro, os consumidores buscam por opções que pesem menos no bolso.

Entre janeiro e novembro de 2023, o IPCA registrou uma variação acumulada de até 33%. No entanto, a dependência do mercado externo deve diminuir no Brasil nos próximos anos, visto que a produção de oliveiras está se popularizando no país, principalmente na região Sul. Por fim, 12 rótulos de produção nacional já foram selecionados entre os 500 melhores do mundo pelo guia Flos Olei 2024, um dos mais importantes da categoria.




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