Com a chegada das festas de final de ano, muitas pessoas experimentam uma variedade de sentimentos nem sempre positivos, dando origem ao termo popular “dezembrite“. Embora não seja um conceito reconhecido pela psicologia, psiquiatria ou psicanálise, especialistas alertam que os sentimentos e sintomas associados a essa “síndrome do fim de ano” são reais e podem impactar a saúde mental.
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Segundo o psicanalista Érico Andrade, a transição para o novo ano pode ser especialmente difícil para aqueles que enfrentam distúrbios psíquicos. O desconhecido do próximo ano gera angústia, tornando o processo de mudança ainda mais doloroso para indivíduos com problemas de saúde mental preexistentes.
Dezembro e o “luto”
O psiquiatra Saulo Ciasca destaca que dezembro é naturalmente associado ao fim de ciclos, como o ano letivo e profissional, o que pode desencadear sentimentos negativos, incluindo uma espécie de luto pelo ano que passou.
Em outras palavras, para algumas pessoas, a angústia se manifesta ao perceberem que viveram no “automático” ao longo do ano, sem realizar o que desejavam, resultando em frustração.
Sintomas da “dezembrite”
A “dezembrite” pode desencadear uma variedade de sintomas, como ansiedade, estresse e até mudanças no comportamento, como excesso de sono, alimentação descontrolada e problemas dermatológicos, segundo a psicanalista Maria Homem.
Ou seja, essas respostas variam de pessoa para pessoa e podem indicar a necessidade de compreender como cada indivíduo lida com situações de vulnerabilidade.
“Dezembrite” e o paradoxo natalino
Maria Homem ressalta que a “dezembrite” não se limita apenas a dezembro e pode começar já no final de novembro, coincidindo com a decoração natalina. O paradoxo do fim de ano, marcado pela ambivalência entre nostalgia e entusiasmo pelo futuro, é uma experiência comum.
Dicas para superar a “dezembrite”
Diante desse cenário emocional desafiador, o psicanalista Érico Andrade oferece seis dicas para lidar com a “dezembrite”:
- Se perdoar: aceitar que nem tudo saiu como planejado.
- Enxergar o próximo ano como uma oportunidade: focar nas possibilidades de realização.
- Celebrar as metas alcançadas: valorizar as conquistas, por menores que sejam.
- Viver no presente: concentrar-se no que pode ser controlado agora.
- Aceitar que a vida é um processo contínuo: não se trata de realizar tudo, mas de fazer o melhor possível.
- Acreditar na possibilidade de mudança: entender que o novo ano traz oportunidades para transformações.
Assim, ao compreender e adotar estratégias para enfrentar a “dezembrite”, é possível encarar o fim de ano com maior equilíbrio emocional e otimismo para o que está por vir.
Com informações do portal G1.